Imprimir

Imprimir Notícia

24/01/2023 às 17:35

Especialista dá dicas para identificar relacionamento tóxico

Gabriella Arantes

Dois fatos que ocorreram em situações bem diferentes chamaram a atenção da sociedade mato-grossense: relacionamentos abusivos e os riscos deles. O feminicídio de Thays Machado, morta pelo seu ex-companheiro e a relação entre Gabriel e Bruna Griphao no BBB 23 recolocaram esse tema em evidência.

A psicóloga Sani Neves falou sobre o assunto durante o programa Agora na Conti e deu dicas de como se atentar aos sinais de um relacionamento abusivo para evitar agressões ou até mortes. 

Conforme a especialista, geralmente quem está na relação não consegue perceber que ela é tóxica. “A relação desse casal [Bruna e Gabriel] é recente e  ele [Gabriel] já apresentou todas as características de que é uma pessoa violenta”, explicou. 

O primeiro sinal para identificar uma relação ruim é a mudança no tratamento um com o outro. “Se, no começo, ele te tratava com muito carinho e elogios, mas, de repente, começam vir piadinhas maldosas, críticas, controle de roupas e horário, isso já é um alerta muito sério para acontecer algo mais grave futuramente”, disse a psicóloga. 

No caso de Thays, familiares testemunharam que ela viveu os últimos anos em um relacionamento abusivo e sofria com a violência psicológica praticada pelo empresário Carlos Alberto Bezerra, filho do deputado federal Carlos Bezerra (MDB). A vítima já havia registrado dois boletins de ocorrência contra o ex-companheiro, um deles feito no dia do duplo assassinato, na última quarta-feira (18).

“As mulheres precisam ficar atentas aos parceiros e parceiras a esse tipo de comportamento, que é abusivo e que pode chegar a uma violência, sim”, contou Sani Neves.

A especialista ainda deu mais algumas dicas, como seguir a própria intuição e romper o relacionamento quando perceber os sinais.

“Ouça seu corpo e seu instinto, nós não nascemos para viver acuados com medo e violentados. O nosso coração acelerou, veio aquela intuição e você se sentiu agredida, procure romper essa relação o mais breve possível. Ou o casal [pode] buscar terapia, que é possível através da psicoterapia recuperar pessoas que são violentas. Sempre existe uma saída”, finalizou.
 
 Imprimir