24/01/2023 às 17:18 | Atualizada: 24/01/2023 às 17:42
Vídeo | Confira a votação sobre a proposta de transformar Adalgisa de Barros em escola militar
Jardel P. Arruda
Enquanto o Comando-Geral da Polícia Militar e a Secretaria de Estado de Educação repudiam as ações dos professores durante audiência pública na qual a comunidade escolar rejeitou a proposta de transformar a Escola Estadual Professora Adalgisa de Barros em uma unidade Tiradentes, maior parte dos presentes no evento, na noite de segunda-feira (23), comemorou.
A audiência, no entanto, não aconteceu sem turbulência. O grêmio estudantil e parte do corpo docente da escola se organizaram para levar a comunidade escolar contrária à militarização da unidade para o ginásio, apesar das férias escolares.
Desde às 16h, estavam no local, organizaram uma mesa de cadastro a fim de registrar quem poderia participar da votação e realizavam um protesto pacífico contra a mudança proposta pela Seduc.
Próximo das 19h, horário marcado para começar a audiência pública, Seduc e policiais militares chegaram e, também, uma nova massa de populares. Professores e estudantes afirmavam que seriam pessoas de outras regiões de Várzea Grande, de fora da comunidade escolar.
O cadastro que era feito passou a ser ignorado e policiais militares garantiam a entrada de todos dizendo que qualquer presente poderia votar. A situação inflamou os ânimos de professores e membros do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep).
Dessa forma, a audiência já começou agitada. Uma professora impediu o tenente-coronel Wellington de fazer a apresentação do modelo Tiradentes. Quando o cerimonialista tentava falar, era abafado pelas vozes dos contrários à militarização. Então, ele decidiu por em votação por aclamação, o que preocupou novamente os alunos e os professores.
O deputado estadual Valdir Barranco (PT) chegou a dizer ao cerimonialista que não aceitaria isso. Já o deputado Lúdio Cabral (PT) tentava conter os ânimos, ao mesmo tempo que apoiava os alunos contrários à militarização. Já o deputado Elizeu Nascimento (PL) apoiava os militares e acusou a professora de tentar agredir o tenente-coronel Wellington Prado.
Por fim, a votação por aclamação aconteceu e os contrários à proposta venceram. Por enquanto, a Escola Estadual Adalgisa de Barros, uma das mais tradicionais de Várzea Grande, continua no ensino regular, sem a militarização.
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