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02/04/2023 às 16:22

Impeachment precisa ser constitucional e não pode ser feito para gerar instabilidade, defende Fábio Garcia

Da Redação - Alline Marques / Reportagem local - Paulo Henrique Fanaia

O deputado federal Fábio Garcia (União) preferiu ser mais cauteloso ao falar sobre o pedido de impeachment contra o presidente Lula (PT) apresentado na quinta-feira (30) por um grupo de parlamentares da oposição, dentre eles, a mato-grossense Amália Barros (PL), que está como co-autora.

O parlamentar, que inclusive foi apoiador e votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), alegou que é necessário que se tenha base constitucional para que o pedido siga adiante na Câmara Federal e ponderou sobre a instabilidade gerada por estes processos. 

 

"O pedido de impeachment tem que ser constitucional. Fazer pedido de impeachment para gerar instabilidade, para aumentar taxa de juros, frear o desenvolvimento, diminuir número de empregos, trazer consequências ruins para o país, eu acredito que não seja o adequado. Eu votei e aprovamos o impeachment da Dilma, uma governante do PT, mas ali existia uma clara pedalada fiscal contrária à Constituição, só podemos apoiar se tiver vício de constitucionalidade", comentou Garcia. 

 

Apesar das ponderações, Fábio não quis polemizar já que colegas da bancada de Mato Grosso são a favor do impeachment, como Abilio Brunini e José Medeiros, ambos do PL. O parlamentar disse apenas que acredita que se o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), entender que tem constitucionalidade, colocará o pedido para apreciação e a votação é no plenário e aberta. 

 

Os grupo de oposição, autores do pedido, cita três fatos para justificar a solicitação para o afastamento de Lula. O primeiro foi a declaração do petista de que queria se vingar do senador e ex-juiz Sérgio Moro (União) quando estava preso na Polícia Federal (PF). O segundo foi a afirmação do presidente da República de que a operação conduzida pela PF - após a descoberta do plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para atacar e sequestrar Moro e seus familiares - teria sido uma "armação" do senador paranaense.

 
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