Além disso, o assunto não teria sido acordado com a Casa Civil e caso chegue a ser apreciado em plenário deverá contar com a orientação do líder do governo, Dilmar Dal Bosco (União), para que seja rejeitada.
“Isso não foi discutido com a Casa Civil, não tenho conhecimento desse substitutivo. Tem que ser estudado, mas não vejo sentido, a lei é feita para todos os mato-grossenses, diferenciar cidades é complicado”, avaliou Carvalho, na tarde desta terça-feira (27).
Já Mendes disse que tomou conhecimento do assunto durante a coletiva de imprensa, então é difícil avaliar, mas acha pouco provável que a emenda prospere porque é uma questão de legalidade. Ele ainda reforçou a necessidade da aprovação e falou sobre a possibilidade de extinção dos peixes.
“Não vejo muito amparo para isso. A palavra está com a Assembleia Legislativa. O governo fez o seu papel, eu já disse dezenas de vezes o que eu penso, o que eu acredito, o que os estudos mostram, não precisa ser nenhum estudioso não. Basta ter pescado a 20, 30, 10, cinco anos atrás e voltar a pescar recentemente. Você vai ver que a quantidade de peixe diminuiu drasticamente e tende a acabar, é um recurso finito. Vários animais foram extintos pela predação humana, o peixe também pode ser extinto por desequilíbrios que o próprio homem provoque”, declarou o governador.
A votação do PL da Pesca será nesta quarta-feira (28) e os pescadores tentam pressionar os parlamentares, inclusive, com manifestações. Nesta terça (27), fecharam trecho da BR-070, que liga Cuiabá e Santo Antônio de Leverger, ato que gerou crítica do governador, inclusive.
Mendes ainda comentou ainda que os pescadores da região estão mais próximos da Assembleia e é natural que façam manifestações. Ele comparou ainda com os pescadores do Araguaia, que é mais difícil de “inflamar”, porque já são proibidos de pescar do outro lado do rio, já que em Goiás já é proibido, assim como em Mato Grosso do Sul.
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