Rosa resiste à vice, defende protagonismo e propõe chapa "invertida" com Botelho
Da Redação - Renan Marcel / Reportagem local - Jardel P. Arruda
Um dos nomes do Partido dos Trabalhadores para o pleito eleitoral de 2024 em Cuiabá, a ex-deputada federal e agora diretora-executiva da Conab, Rosa Neide, defendeu a filiação do deputado estadual Eduardo Botelho em dos partidos que compõem o arco de alianças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Rosa ainda comentou os rumores de que a chapa possa ser encabeçada pelo parlamentar, tendo ela de candidata a vice-prefeita. A petista avalia como positiva a ampliação do grupo, mas ressalta que a participação feminina merece protagonismo nas eleições.
Ela sugere uma configuração invertida da chapa. "Se for ao contrário também é importante e eu já falei isso para ele [Botelho]. Mulher eu acho que tem que ter um espaço não como vice, mas como protagonista. E essa a intenção do Partido dos Trabalhadores. Meu nome está à disposição", disse.
"Se podem chamar alguém da Federação para vice, também podemos chamar essa pessoa. Cuiabá nunca teve mulher prefeita e nós somos 52% da população. Eu insisto que é esse o momento das mulheres colocarem o nome", argumenta.
A ex-deputada teve obteve 124.671 votos, sendo a mais votada no pleito do ano passado. Contudo, ainda assim, não obteve sequer uma suplência, pois a chapa da Federação não alcançou os 80% do quociente eleitoral, que ficou em 170 mil naquele ano. O desempenho é visto como positivo. Em comparação com os federais eleitos, Rosa fica em terceiro quando considerados apenas os votos em cuiabá, atrás de Abilio Brunini (PL) e Emanuelzinho (MDB).
Futuro aliado
Rosa lembra que já trabalhou como professora ao lado de Botelho, no município de Diamantino, e ressalta que o nome do parlamentar é um dos destaques do pleito. "Creio que ele tem pretensões e deve procurar um partido. Espero que seja um partido dentro do arco de alianças, como é o PSD ou o PSB. Tem muita movimentação e acho que ainda passa muita água debaixo dessa ponte", avalia.
Botelho está de saída do União Brasil por não conseguir viabilizar seu projeto eleitoral para prefeito de Cuiabá dentro da legenda, sobretudo por conta do favoritismo do governador Mauro Mendes, que preside o União em Mato Grosso, pelo projeto do deputado federal e agora secretário da Casa Civil, Fábio Garcia, aliado de primeira hora de Mauro. Crescem os rumores de que ele deve mesmo ir para o PSD, presidido pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
Além de Rosa, é cotado o deputado estadual Lúdio Cabral. Depois disso, a discussão é levada à Federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PV e PCdoB, que também apresentarão nomes. Só então os escolhidos serão avaliados pelos demais aliados, como PSD e PSB, que, por sua vez, também trarão nomes para a composição.
No caso de Lúdio, o parlamentar conquistou o segundo mandato com a votação mais expressiva dos eleitores cuiabanos, suberando Botelho: foram 22.356 votos na Capital, enquanto o segundo colocado, Eduardo Botelho, reuniu 16.778. A terceira colocada foi Janaína Riva, com 12.647 votos.
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