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14/09/2023 às 12:24 | Atualizada: 14/09/2023 às 12:25

'Eu não vou cessar até conseguir justiça', afirma Maysa sobre briga com Cattani

Da Redação - Kamila Arruda / Da Reportagem Local - Paulo Henrique Fanaia

A vereadora por Cuiabá, Maysa Leão (Republicanos) espera um posicionamento da presidência da Assembleia Legislativa em relação à representação protocolada contra o deputado estadual Gilberto Cattani (PL). Ao mesmo tempo, ela recorre ao Judiciário para buscar punição contra o bolsonarista.

“Esperamos uma resposta do deputado Botelho, do presidente, que me acolheu, e me pediu desculpas pelo deputado Cattani. Conversei ontem com a deputada Janaina Riva também, que me acolheu e garantiu que agora os encaminhamentos vão partir da Presidência”, reforçou Maysa.

A representação é a que foi protocolada na semana passada junto ao presidente do Legislativo Eduardo Botelho (União). O documento conta com a assinatura de 15 vereadores e pede que Cattani seja investigado pela Comissão de Ética  por suposta violência política de gênero.

Anteriormente, Maysa já havia protocolado uma denúncia contra o parlamentar diretamente na Comissão de Ética, presidida pela deputada Janaina Riva (MDB). A representação, contudo, foi arquivada. O presidente do grupo, deputado estadual Max Russi (PSB) afirma que a parlamentar não tem legitimidade para representar um deputado estadual.

“Em relação a legitimidade, eu acredito que ele esteja falando do Regimento Interno da Assembleia Legislativa. Realmente, no regimento interno, um deputado só pode ser representado na Comissão de Ética por outro deputado. A minha equipe jurídica já sabia disso, por isso nos protocolamos na presidência um documento assinado por 15 vereadores, e protocolamos também na Procuradoria da Mulher”, completou a vereadora.

Com relação as medidas judiciais, Maysa afirma que só resolveu recorrer ao Judiciário após Catani ter pedido a sua cassação na Câmara de Cuiabá e ter protocolado uma queixa-crime contra ela.

“Eu fui na delegacia de crimes virtuais, fiz um boletim de ocorrência. A Delegacia da Mulher também está me acompanhando, estamos entrando também com uma queixa-crime contra o deputado Cattani também, por toda a ação que ele teve ao saber da violência e se reusou a pagar. [...]  Eu não vou cessar até conseguir justiça”, finalizou.

O imbróglio envolvendo os parlamentares tem como base um vídeo publicado por Cattani em suas redes sociais. Na gravação, o deputado estadual exibe trecho de uma entrevista que concedeu ao ''Cast do Bom'' em que ele diz que discorda do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um único ponto: a castração química de estupradores.

Sempre polêmico, o parlamentar defende a castração física dos acusados, momento em que a vereadora se opõe, dizendo que seria uma barbárie e a volta aos tempos medievais. Antes disso, ela havia dito que a castração química era uma opção a ser estudada.  

 
 
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