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18/10/2023 às 18:06

Botelho pede paciência a Cattani e afirma que Parque Ricardo Franco foi criado dentro de um escritório

Da Redação - Kamila Arruda / Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda

O presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho (União) pede paciência para o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) e garante que está trabalhando na elaboração de um projeto de lei que visa evitar a extinção do Parque de Conservação Ambiental Serra de Ricardo Franco, localizado em Vila Bela da Santíssima Trindade.

O parlamentar frisa que o tema é complexo, uma vez que a sua criação foi feita de “dentro de um escritório”, sem a exploração devida da área. “Não tem demarcação nenhuma, foi criado de dentro de um escritório, e ninguém foi lá para olhar”.

Acontece que, no início desta semana, o parlamentar liberal ameaçou exigir a votação do projeto de lei que extingue o Parque, caso uma nova propositura não fosse apresentada.

Cattani diz concordar com novas delimitações no local, mas cita a morosidade na elaboração do projeto de lei para pôr fim a este assunto que se arrasta desde 2017.

Botelho pede paciência ao seu colega de parlamento e afirma que está trabalhando em conjunto com o governo do Estado e Ministério Público Estadual para resolver esse imbróglio.

“Não acho prudente nós extinguirmos o parque. Isso pode ter uma perda para nós. Por outro lado, também não pode ficar sem demarcação. Não tem nada marcado durante todos esses anos. Nós estamos tentando construir uma solução negociada com o Ministério Público e com a Sema para demarcarmos essas áreas e fazer um projeto já com as áreas definidas, porque hoje ninguém sabe como que é”, explicou.


O Parque

A reserva Serra de Ricardo Franco foi criada em 1997, e abriga a mais alta cachoeira de Mato Grosso, a cachoeira Jatobá, vários afluentes do Rio Guaporé, e está na fronteira com o Parque Nacional Noel Kempff Mercado, da Bolívia. Cerca de 27 mil hectares da área de proteção já estavam abertos com propriedades produtivas na criação do parque e atualmente são 38 mil hectares ocupados por fazendas de pequeno e médio porte no local, entre elas uma do ex-ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
 
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