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23/10/2023 às 10:32 | Atualizada: 23/10/2023 às 10:48

Pai de prefeito conseguiu fugir do cativeiro ao se aproveitar de distração de sequestradores

Paulo Henrique Fanaia

O produtor rural Edson Joel de Almeida Meira de 57 anos pai do prefeito de Jangada, Rogério Meira, conseguiu escapar do cativeiro em que era mantido refém após aproveitar de um descuido dos sequestradores. De acordo com informações do delegado Gustavo Belão, Edson conseguiu se desamarrar e com uma garrafa de vidro quebrada partiu para cima de um dos sequestradores.
 
A fuga de Edson ocorreu por volta das 16h de domingo (22), cerca de 9h depois do sequestro que aconteceu dentro da propriedade da vítima. No cativeiro, Edson era mantido refém por dois bandidos, um armado e outro desarmado. Em certo momento acabou a água do cativeiro e o bandido armado foi buscar água.
 
Aproveitando da situação, Edson conseguiu se desamarrar, pegou uma garrafa de vidro quebrada e partiu para cima do segundo sequestrador que, assustado, saiu correndo do local. Livre dos bandidos, Edson andou cerca de 7 km em uma região de mata até chegar em uma área rural conhecida como Rancharia que fica à 40 km do trevo rodoviária da cidade de Nossa Senhora do Livramento. Lá, Edson pediu ajuda da polícia que veio em seu resgate. Por andar descalço no mato, ele ficou machucado nos pés e no corpo.
 
O sequestro
 
De acordo com a polícia, oito bandidos invadiram a propriedade rural de Edson por volta da 1h de domingo. Os bandidos rederam e doparam uma jovem de 15 anos e esperaram até as 6h quando Edson chegou na fazenda e foi sequestrado. Nenhum bem valioso da fazenda foi levado, a não ser o veículo de Edson que serviu para a fuga. O veículo foi abandonado alguns quilômetros depois da fazenda.
 
Com Edson no cativeiro, os bandidos começaram a pedir o resgate que começou em R$ 1 mil, subindo para R$ 2 mil, R$ 4 mil, R$ 50 mil e indo até a quantia de R$ 70 mil. Os familiares de Edson chegaram a transferir R$ 2 mil para os sequestradores.
 
O delegado Gustavo Belão afirma que as investigações ainda estão em curso e até o momento não se sabe se o crime aconteceu por motivações políticas ou financeiras e nem se os bandidos pertenciam a alguma facção criminosa.
 
“Nesse momento não temos indícios de crime político. Por ser a vítima pai de um prefeito, os criminosos podem ter acreditado que ele tinha poses”, afirma o delegado.
 
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