Wellington cobra plano socioeconômico e aponta omissão do Estado na preservação do Pantanal
Da Redação - Renan Marcel / Reportagem local - Jardel P. Arruda
Senador licenciado Wellington Fagundes (PL) cobrou do governo estadual, sob Mauro Mendes (União), um plano de desenvolvimento socioeconômico para o Pantanal mato-grossense. Segundo ele, a falta de diretrizes, legislações e incentivo aos pantaneiros contribui para situações que colocam o bioma em risco, como os incêndios florestais. Fagundes aponta uma omissão.
"Há muito tempo o governo de Mato Grosso não tem um programa de desenvolvimento socioeconômico do Pantanal. Esta é uma omissão do governo do Estado. Nós já conseguimos no ano passado recursos dirigidos especificamente ao Pantanal pelo FCO [Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste]. Mas o pantaneiro está ali quando vem o fogo para cuidar e fazer aquilo que seria compromisso do Estado. Então, essa parceria é muito importante", disse nessa terça-feira (24), quando liderou um debate sobre os incêndios florestais na região, realizado na Assembleia Legislativa.
Ele argumenta ainda que, por conta dessa "omissão", o pantaneiro está "empobrecido" e tem dificuldades de se manter produtivo e ainda cuidar do bioma. "Você não pode plantar agricultura, soja. Não! O Pantanal tem que ter um manejo que seja subsidiado com programa do governo federal e do governo estadual, para que o pantaneiro cumpra o seu papel, que é produzir, gerar riqueza, mas também cuidar de todo aquele ecossistema que é um patrimônio da humanidade. Não podemos jogar tudo nas costas do pantaneiro, tudo nas costas de quem está lá ainda fazendo praticamente o papel do Estado".
Incêndio
Somente no Parque Estadual Encontro das Água, no Pantanal, maior santuário de observação de onças pintadas, o fogo já consumiu 20 mil hectares. O incêndio começou no dia 1º de outubro e vem mobilizando o Corpo de Bombeiros. Isso acendeu o alerta para a necessidade fortalecer a prevenção desse tipo de tragédias naturais e evitar que as chamas se alastrem durante os períodos de seca e calor extremo, como aconteceu em 2020, quando mais de 2 milhões de hectares foram destruídos pelo fogo.
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