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13/12/2023 às 19:02

Mesmo levando uma dura de Perri, Vidal afirma que continuará com os trabalhos da CPI dos Indenizatórios

Paulo Henrique Fanaia

Apesar de ter levado uma dura do desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando Perri, na semana passada, o vereador Sargento Vidal (MDB) afirma que irá continuar com os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga atos do Gabinete Estadual de Intervenção na Saúde de Cuiabá. Para Vidal, quem está pedindo o fim da CPI dos Indenizatórios na Justiça é porque está com medo do que os vereadores podem descobrir ao longo das investigações.
 
Na última quinta-feira (7), o desembargador Orlando Perri suspendeu a condução coercitiva da diretora do Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC), Rose Kely Ribeiro Leite de Siqueira, à CPI dos Indenizatórios, e qualquer outro servidor a serviço do Gabinete de Intervenção Estadual na Saúde de Cuiabá.

A decisão foi tomada após o presidente da CPI, vereador sargento Vidal, anunciar que manteria a reunião de oitiva com Rose mesmo após a Procuradoria Geral de Justiça solicitar a suspensão dos trabalhos da comissão, pedido que estava em análise pela Justiça. No despacho, Perri ainda lançou uma advertência contra o vereador e registrou que o parlamentar pode ser punido caso seja comprovado que a CPI tem extrapolado o objetivo da instalação dela e tem tentado constranger servidores da Intervenção.
 
Sobre extrapolar o objeto da CPI, Vidal garante que está tranquilo quanto a essa questão, tanto é que já apresentou documentos ao desembargador demonstrando a legitimidade do procedimento. “Não vejo como perseguição, está tendo mesmo é medo. Quem não tem nada a esconder é só responder”, afirma Vidal.
 
Quem concorda com o vereador e defende o andamento da comissão é o presidente da Câmara, Chico 2000 (PL): “CPI é competência dessa Casa. Investigar é competência dessa Casa. Então, acho que a comissão foi criada de forma legítima. No entanto, nós recebemos do desembargador Orlando Peri uma intimação pedindo alguns esclarecimentos, algumas respostas. Estas já foram encaminhadas para ele para que a partir daí ele se posicione com relação à continuidade ou não da CPI, mas ela é um instrumento legítimo. Entanto, o que houver de decisão judicial, esta será respeitada e se entendermos que deva se propor qualquer espécie de recurso, este será feito na esfera judicial”.
 
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