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24/12/2023 às 17:01

Empresária apontada como mandante de assassinato de Zampieiri estava vendendo fazenda para fugir do país

Da redação - Paulo Henrique Fanaia / Da reportagem local - Gabriela Arantes

A empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, principal suspeita de ser a mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri em Cuiabá, estava vendendo uma propriedade rural localizada no município de Ribeirão Cascalheira, a qualquer preço, com o objetivo de fugir do país. A informação foi confirmada pelos delegados da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa da Capital (DHPP), Edson Pick e Caio Fernando.
 
Na tarde desSe sábado (23), os delegados concederam uma entrevista coletiva para explicar a dinâmica das investigações que levaram à prisão dos três suspeitos de envolvimento na execução de Zampieri. De acordo com o delegado Edson Pick, a informação de que Maria Angélica poderia fugir do país veio de uma denúncia anônima, motivo pelo qual a Polícia Civil pediu a prisão temporária da suspeita.
 
“Durante as investigações chegou uma denúncia anônima de que a Maria Angélica estaria vendendo a área de terra, a fazenda, a qualquer preço para ir embora do Brasil. Com essas informações nós pedimos a prisão temporária dos três e a busca e apreensão do armamento para que possamos concluir no prazo de 30 dias as investigações e expor à população qual o envolvimento de cada um”, disse Edson Pick.
 
Os três suspeitos do crime chegaram em Cuiabá na tarde de sábado. Maria Angélica foi presa em Patos de Minas (MG) na quarta-feira (20). O atirador Antônio Gomes da Silva foi preso no mesmo dia em Belo Horizonte. Ele confessou o crime e ainda disse que foi contratado por Hedilerson Barbosa, um instrutor de tiro que foi preso também em Belo Horizonte na sexta-feira (22).
 
Relação conturbada
 
Os delegados afirmaram que a relação de Roberto Zampieiri e Maria Angélica era conturbada e complexa. Até o momento as investigações apontam que Zampieri advogou para a suspeita em uma ação que trata sobre uma disputa de terra na cidade de Ribeirão Cascalheira (MT), fato este que foi confirmado pelo advogado de defesa de Maria Angélica, Eustáquio Neto.
 
Tanto os delegados quanto o advogado de defesa afirmam que após um tempo, Maria Angélica rompeu o contrato com Zampieiri e logo depois ele passou a advogar contra a mulher.
 
Roberto Zampieiri foi morto no dia 5 de dezembro no momento em que saia do escritório localizado no bairro Bosque da Saúde em Cuiabá. Ao entrar no carro, o atirador confesso do crime, Antônio, se aproximou e efetuou cerca de 11 disparos, sendo que 10 atingiram Zampieri que morreu na hora.
 
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