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07/03/2024 às 09:03 | Atualizada: 08/03/2024 às 10:16

Família cobra simulação da morte de idosa que foi jogada em penhasco de Chapada

Amanda Garcia

Familiares da idosa Desolina Ana Chelotti, de 75 anos, que foi morta pelo ex-marido Willys Marcelo da Silva, de 59 anos, e jogada de um penhasco em Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá), cobram a reprodução simulada do crime, que ocorreu em junho do ano passado.

Em carta de esclarecimento encaminhada ao Leiagora, a filha da vítima, Márcia Ana Chagas, informa que o pedido encontra-se deferido pela Justiça desde novembro passado, no entanto, até o momento não foi realizado pela Polícia Civil.

Apesar disso, equipes da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros Militar junto de cães farejadores e aeronaves da Ciopaer chegaram a realizar buscas pelo corpo da idosa, que também não foi localizado. As buscas foram realizadas em diversos pontos do local onde Willys informou ter jogado a idosa.

Na carta, a filha de Desolina ainda lamenta a demora em poder, finalmente, vivenciar o luto da mãe.

“Neste período de mais de 7 meses, enfrentamos dificuldades e resistência, buscando agilidade no sistema. Lamento a falta de tempo para vivenciar o luto de minha mãe, pois a busca por respostas tem sido árdua. É desanimador ouvir autoridades mencionando o custo para o Estado a cada operação, esquecendo do impacto emocional e financeiro para minha família. Continuamos em busca do corpo de minha mãe para proporcionar-lhe um enterro digno e paz para a família”, diz trecho.

As diligências estão a encargo da equipe da Delegacia de Chapada, sob o comando do delegado Eugênio Rudy Júnior. À reportagem entrou em contato no intuito de esclarecer a demora no processo investigativo, mas não obteve reposta até o fechamento da matéria.

O caso

Willys e Desolina tiveram um relacionamento durante três anos e cometeu o crime no dia 10 de julho, três meses depois da separação. À época, o suspeito foi a última pessoa a ser vista com a vítima em vida.

Imagens de câmeras de segurança de locais da cidade mostram a idosa e ele em uma conveniência de bebidas da cidade.

Já no dia 13 de julho, uma das filhas da vítima procurou a delegacia após não conseguir contato com a mãe e relatou que a idosa nunca ficava sem dar notícias à família.

Durante investigação, ele foi interrogado em duas ocasiões e mostrou contradição nas informações prestadas. Com base nos elementos angariados no inquérito policial, o delegado Marlon Luz, que era responsável pelo caso, representou pela prisão temporária do criminoso.

Willys foi denunciado ao Ministério Público pelo crime de feminicídio e econtra-se preso em regime fechado no presídio Ahmenom, em Várzea Grande. O caso está sob segredo de Justiça.

 
 
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