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04/07/2019 às 15:57 | Atualizada: 04/07/2019 às 17:25

'Não vou dar cheque sem fundo para atender grevistas', diz Mendes

Luana Valentim

O governador Mauro Mendes (DEM) avaliou, nesta quinta-feira (04), que o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público está sendo autoritário e desrespeitoso ao impedir que servidores acessem seus locais de trabalho, como o ocorrido nesta manhã em frente à Secretaria de Estado de Educação. Ele afirmou que não se pode mais tolerar esse tipo de situação.

Mendes informou que já está acionando o Poder Judiciário para impedir que os grevistas continuem proibindo a entrada de servidores nos órgãos públicos, mas afirma que não precisaria fazer isso pelo fato de que o direito de ir e vir precisa ser garantido.

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“Não vamos mais tolerar esse abuso. Se o cidadão quer fazer greve, é um direito que tem. Ninguém está impedindo eles de fazerem greve. Estamos cortando pontos porque a Suprema Corte desse país, o STF, já decidiu essa matéria”, disse.

Segundo o democrata, o Supremo Tribunal Federal destacou que o Poder Público tem o dever de cortar os pontos daqueles que fazem greve, caso ela seja ilegal. Mendes deixou claro que apenas está seguindo uma determinação da Suprema Corte.

A categoria alega que o governo precisa dar um documento assinado se comprometendo a atender a reinvindicação dos profissionais até abril de 2020. Em resposta, Mendes disse que enviará um documento para cada contribuinte para se comprometerem a aumentar, junto com o governo, em 30% a arrecadação do Estado até abril de 2020.

“Se os contribuintes assinarem esse compromisso comigo, então eu assumo um compromisso com eles e com qualquer um, pois terei certeza da receita. Eu não vou dar cheque sem fundo para atender o Sintep”, disparou.

O vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) esteve reunido, nesta quarta-feira (03), com a categoria, onde, aparentemente, melhorou as negociações, pois teria prometido uma solução ao corte de pontos.

Mendes destacou que Pivetta sempre participou das negociações havendo um grupo no governo designado para isso e reafirmou que não deixará de cumprir o que estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal.
 
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