14/08/2019 às 16:32 | Atualizada: 15/08/2019 às 17:48
Mendes ‘jura’ não saber que seu chefe de gabinete seria presidente do DEM em Cuiabá
Fernanda Leite e Gabriella Arantes
O governador Mauro Mendes (DEM) disse que não acompanhou a formação do novo diretório do seu partido na Capital. Nesta semana, o presidente do partido dos Democratas, o ex-deputado federal e suplente de senador, Fábio Garcia (DEM), nomeou inclusive, o chefe de gabinete Alberto Machado, o ‘Beto 2 a 1’, para presidir o partido.
“Eu não estou acompanhando isso. Mas a política é um lugar de ideias livres e plurais. Não há decisões que se tome na política que você não vá agradar alguém ou desagradar. É natural que haja divergência, a política pressupõe essa capacidade de dialogar e conciliar interesses múltiplos que existem em muitos âmbitos da sociedade”, esclarece o governador.
Ao ser indagado sobre o porquê de todos os membros do diretório ser composto por pessoas próximas, Mendes alega que o DEM precisa realizar boas alianças e articular uma boa chapa nos 141 municípios em 2020. “É uma sinalização que estamos preocupados com a política de Mato Grosso. A política é um instrumento de democracia que sataniza a política. Talvez alguns não compreendam isso. Não tem como ter democracia sem ter política. Podemos melhorar ela, construir um partido melhor, escolher bons políticos. É isso que eu desejo para o DEM, fazer uma boa chapa nos 141 municípios e fazer boas alianças e que tenhamos alternativas boas para o cidadão escolher o que é melhor”, dispara Mendes.
Como ficou o DEM em Cuiabá
Para a presidência, Beto (chefe do gabinete do governador); o vice-presidente é o assessor do presidente da Assembleia, o ex-vereador Domingos Sávio; a tesouraria foi passada ao advogado Pascoal Santulo (pessoa muito próxima a Mauro Mendes).
Como membros do partido em Cuiabá, ficou definido: a ex-presidente do parlamento cuiabano, ex-vereadora e ex-assessora de Fábio na Câmara Federal, Chica Nunes; , diretor da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados José Rodrigues Rocha Junior; Marcelo de Oliveira e Silva, secretário de Infraestrutura do Estado; Thiago França, assessor do governo e Júlio Campos.
Polêmica
Nos bastidores, Fábio Garcia teria nomeado sozinho o diretório de Cuiabá, para evitar um possível apoio à reeleição do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
A vontade do governador e de Fábio Garcia é que o partido tenha candidatura própria ou apoie outro candidato que não seja o atual prefeito. A vontade dos dois membros estaria em rota de colisão com a vontade dos irmãos Jayme e Júlio Campos, os caciques da sigla.
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