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09/10/2019 às 16:53 | Atualizada: 09/10/2019 às 17:24

Organização criminosa mantinha central de emissão de notas frias em Cuiabá

Luzia Araújo

O delegado da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), Sylvio do Vale Ferreira Junior, que preside as investigações da Operação Fake Paper, afirmou que a organização criminosa desarticulada nesta quarta-feira (09) na ação policial, mantinha um núcleo de trabalho em Cuiabá, onde era realizada a emissão de notas fiscais falsas para produtores rurais.

Na operação nove pessoas foram presas, sendo três em Cuiabá, além de diversos materiais apreendidos que irão colaborar com a continuação das investigações. Entre os presos está um advogado e contador que atuava na capital e era líder da organização criminosa. 

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Sylvio explicou que os trabalhos tiveram início depois que um produtor rural procurou a delegacia e confessou que adquiriu uma nota fiscal falsa por meio do esquema. A partir da denúncia os policiais civis, junto com a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) investigaram as empresas fantasmas que foram constituídas por meio de documentos falsos.  

“Feita a identificação das empresas fantasmas, começamos a apurar todas as pessoas que estariam operando nelas”, disse o delegado.

Sylvio disse ainda que a organização criminosa agia também no interior do Estado disponibilizando notas fiscais frias para produtores rurais ou empresas visando a sonegação de impostos.

“Nesse primeiro momento, o nosso objetivo foi efetuar a prisão dos membros dessa organização. No segundo, que já está sendo realizado pela Secretaria de Fazenda, será realizado todos os processos administrativos fiscais para o recolhimento do tributo que foi sonegado. Acreditamos que essa ação terá outros desdobramentos em um curto período de tempo”, afirmou.
 
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