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02/03/2020 às 09:11 | Atualizada: 02/03/2020 às 09:37

TJ atende recurso e autoriza imagem de Silval em CPI do Paletó

Camilla Zeni e Kamila Arruda

O desembargador Paulo da Cunha, plantonista do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), acatou recurso do vereador Marcelo Bussiki (PSDB) e suspendeu a decisão judicial que determinava que o ex-governador Silval Barbosa (sem partido) fosse ouvido a portas fechadas.

O ex-chefe do Executivo é aguardado na Câmara Municipal de Cuiabá na manhã desta segunda-feira (2), para oitiva na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó - a qual Bussiki preside. 

O desembargador destacou, no domingo (1º), que não se pode discutir sobre o direito à preservação da imagem do ex-governador, considerando que um tratamento vexatório poderia se enquadrar na Lei de Abuso de Autoridade.

Contudo, observou que não haveria ameaça à liberdade de locomoção de Silval,  ou seja, ele não seria sujeito a uma condução coercitiva. Por esse fato, segundo Paulo da Cunha, o habeas corpus protocolado pela defesa do ex-governador não caberia e seria ilegal. 


Dessa forma, o desembargador sobrestou a decisão da juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Na sexta-feira (28), ela determinou que não apenas a Câmara preservasse a imagem do ex-governador na hora da oitiva como também de sua chegada. Assim, ele teria que ser ouvido sem a presença da imprensa.

Paulo da Cunha, por sua vez, destacou que Silval Barbosa, por ser colaborador premiado, não é uma "mera testemunha", mas um investigado e partícipe nos crimes apurados na CPI.

Por isso, segundo o magistrado, Silval tem direito a não produzir provas contra si. Assim, não precisa comparecer na CPI e não poderá ser punido por isso. Se comparecer, não é obrigado a assinar o termo de compromisso e pode ser acompanhado e se comunicar reservadamente com seu advogado.

 
CPI do Paletó

Aberta em outubro de 2018, ela investiga a quebra de decoro do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), depois que ele foi flagrado recebendo suposto dinheiro de propina quando ainda era deputado estadual.
 
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