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13/07/2020 às 10:35 | Atualizada: 13/07/2020 às 10:56

Barreiras sanitárias devem ser estendidas e kits-covid distribuídos nesta semana

Camilla Zeni

Iniciadas no dia 8 de julho, as barreiras sanitárias nas saídas de Cuiabá devem ser estendidas após o período de sete dias, que se encerra nesta terça-feira (14). A informação foi passada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), durante transmissão ao vivo na manhã desta segunda-feira (13).

A medida foi implantada para cumprimento de decisão judicial que atendeu pedido do Ministério Público de Mato Grosso. Na ocasião, o juiz José Luiz Lindote, da Vara Especializada de Saúde Pública, destacou o alto risco de contaminação da covid-19 na região metropolitana de Cuiabá e a lotação das Unidades de Terapia Intensiva, que desde aquela época superavam os 90%.

Conforme a prefeitura de Cuiabá, até sábado os agentes que atuam nas barreiras já tinham vistoriado 12.474 pessoas. Ao todo foram instaladas quatro barreias sanitárias, que funcionam com 20 profissionais. Eles devem fazer a orientação dos passageiros sobre a covid-19 e colher dados, além de aferir a temperatura corporal. 

Em caso de suspeitas de infecção pela doença, a pessoa é orientada a procurar um posto de atendimento o mais rápido possível, caso seja moradora da região. Essa pessoa deve preencher um termo de consentimento, se responsabilizando. Caso o paciente suspeito seja apenas um viajante, a equipe repassa as informações para a cidade a qual a pessoa tem como destino, para que as equipes de saúde o monitorem. 

Kit covid
De acordo com o prefeito Emanuel Pinheiro, também nessa semana deve ter início o protocolo de distribuição do kit-covid. A “adesão” a essa forma de medicação foi anunciada pelo município no mês de junho, quando o próprio secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, também se apontou favorável à distribuição dos medicamentos.

Conforme a portaria que regulamenta a medida em Cuiabá, porém, os remédios serão distribuídos pela prefeitura para as Unidades Básicas de Saúde e postos de atenção secundária. Lá, os pacientes que apresentarem os primeiros sintomas da doença serão atendimentos e, caso o médico entenda necessário, o kit poderá ser entregue.

A prefeitura reforçou que os médicos não são obrigados a aderirem os medicamentos disponibilizados, uma vez que são os profissionais que entendem o que será melhor para cada paciente.

Em cada sacola de kit estão presentes ivermectina, azitromicina e um analgésico.

É importante ressaltar que, apesar de diversas prefeituras estarem aderindo ao kit, não há estudos que garantam a eficácia dos medicamentos, além de que alguns especialistas não recomendam essa medida para as gestões de saúde.
 
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