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01/12/2020 às 07:14

Marcrean pode perder o mandato por suspeita de praticar boca urna no 2º turno

Eduarda Fernandes

O vereador por Cuiabá, Marcrean dos Santos (PP), pode perder o mandato. Isso porque, nas primeiras horas da eleição do segundo turno da eleição em Cuiabá, nesse domingo (29), ele foi flagrado fazendo boca de urna. Marcrean estava na porta do Colégio Orlando Nigro, no bairro Pedregal, abordando eleitores. Ele foi reeleito no primeiro turno das eleições, realizado no dia 15 deste mês.

Segundo informações do boletim de ocorrências divulgado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), Macrean foi denunciado por praticar boca de urna, mas evadiu do local após abordado pela Polícia Militar. Além da boca de urna, o vereador realizou transporte irregular de eleitor.

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“A ocorrência foi na Escola Municipal Orlando Nigro, no bairro Pedregal. Estava fazendo boca de urna para Emanuel Pinheiro. Segundo a testemunha fiscal ele fazia transporte para 4 idosos. A PM testemunhou para um idoso. Ele não estava sozinho e quando a PM chegou, viu a ocorrência, ele embarcou rapidamente e foi embora”, explicou em nota a assessoria do TRE-MT.

O diretor geral do Tribunal, Mauro Sérgio Diogo, explicou que Marcrean corre o risco de perder o mandato, caso seja julgado e condenado. “Em tese, o a detenção para o crime de boca de urna pode chegar a até quatro anos ou pode ser substituída por pena alternativa, como doação de cesta básica ou multa”.

Em entrevista à imprensa durante apuração da eleição, o presidente do TRE, desembargador Gilberto Giraldelli disse que como não houve o flagrante, a ocorrência foi registrada e será encaminhada ao Ministério Público Eleitoral, que detém a competência para fazer a denúncia, caso seja configurado o crime. “E a Justiça é que vai julgar”.

Pouco depois do registro da ocorrência, Marcrean publicou um vídeo nas redes sociais para dizer que não estava cometendo crime e que apenas foi votar e que ficou 30 minutos no local conversando com as pessoas. Contudo, ao final do vídeo diz que está trabalhando e pede voto para o prefeito, o que no dia da eleição é proibido.
 
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