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02/12/2020 às 21:14 | Atualizada: 02/12/2020 às 21:19

Mauro manda recado a policiais penais: 'não é na base da pressão que vão conseguir’

Eduarda Fernandes

O governador Mauro Mendes (DEM) demonstrou clara insatisfação com a atitude dos policiais penais que, na manhã desta quarta-feira (2), bloquearam todas as entradas do Centro Político Administrativo, em Cuiabá. A manifestação teve como objetivo reivindicar valorização salarial e a regulamentação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 5, que cria a polícia penal estadual.

Em entrevista exclusiva ao Leiagora, Mauro teceu duras críticas à categoria e fez um alerta. “Olha, eu nem sei o que é que eles estão pedindo. Foi extremamente inoportuno fazer aquilo, desrespeitoso e isso não poder ser tratado da forma que eles fizeram. É um desrespeito a todas as instituições, aos demais servidores, aos Poderes que ali estão e não é na base da pressão que eles vão conseguir alguma coisa com a nossa administração”, declarou.

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O governador chegou a citar a existência da PEC, já aprovada na Assembleia Legislativa em primeiro turno, mas não deu detalhes sobre o andamento do projeto, cujo rito precisa ser concluído no Parlamento para então ter efetividade. “Fiquei sem entender até agora o porquê daquele movimento”, disse Mauro Mendes.

Entenda

O Sindicato dos Servidores Penitenciários (Sindspen) explicou em nota que a valorização salarial é uma luta travada desde 2014, quando os profissionais tiveram que dividir seus direitos com outras carreiras, o que não foi devidamente corrigido.

Nesta sexta-feira (4) completa um ano que a Proposta Emenda Constitucional n° 104/ 2019, inseriu a Polícia Penal, Federal, Estadual e Distrital, na Constituição Federal.  Cada Estado passou a ter obrigação, legislativa e administrativa, para aprovar e regulamentar a funcionalidade dessa nova polícia, mas em Mato Grosso, até o presente momento essa demanda está pendente.

A presidente do Sindspen, Jacira Maria, afirmou que não vão parar até que o pedido seja acatado. Ela diz que os policiais não vão aceitar alteração no texto da PEC 5, que já foi aprovada em 1° turno na Assembleia Legislativa. Além disso, ela não quer perder nenhum valor a menos do qual foi apresentado pela categoria. A sindicalista deixa claro ainda que não pretende arrastar essa demanda para 2022.
 
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