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12/01/2021 às 16:52 | Atualizada: 13/01/2021 às 16:19

Vereadora lembra histórico de corrupção e avalia: ‘AL também é Casa dos Horrores’

Camilla Zeni

Tratamento igual para o Poder Legislativo é o que defende a vereadora por Cuiabá Edna Sampaio (PT). Ela, porém, se refere a outra forma de tratamento: o rótulo de “Casa dos Horrores” ao parlamento municipal, que é herdado há gerações pelos vereadores que assumem em Cuiabá. 

Na visão da vereadora, o apelido maldoso impregnou a mente da população por, ao menos, duas razões: a uma, porque foi massivamente reproduzido pelos veículos de comunicação, que auxiliam na formação da opinião pública; a duas, porque a Câmara Municipal é um parlamento mais próximo do povo.

Em entrevista à rádio Capital FM, na manhã desta terça-feira (12), a vereadora ponderou que a Câmara Municipal tem posicionamento semelhante à Assembleia Legislativa, sua “irmã” a nível estadual. Opinou que, contudo, o parlamento municipal sofre mais com a opinião pública.

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“Acho que a Câmara é um lugar que está mais próximo da população, então isso faz com que ela seja mais atacada que os outros poderes. Mas se você pensar, acho até que é parecido. A relação que a Assembleia Legislativa tem com o governador, por exemplo, não é diferente da relação que a Câmara tem com o prefeito”, defendeu a vereadora.

“O governador montou sua chapa, elegeu sua mesa diretora, e todas as matérias que são pautadas ali vão no ritmo que o governador determina. Todo mundo sabe disso, mas você não tem a pecha de casa dos horrores na Assembleia Legislativa”, completou.

Durante a entrevista, a petista ainda citou que a Assembleia tem histórico de deputados envolvidos em esquemas de corrupção, alguns dos quais, além de denunciados, também foram condenados. Em alguns casos, chegaram a ser presos, entre eles o ex-presidente da Assembleia, José Geraldo Riva.

Edna também pontuou que a Assembleia é palco de conflito de interesses, tendo os políticos empresários relacionados diretamente a assuntos de interesse público. É o caso, segundo ela, das discussões sobre o transporte público.

“Nós falamos em transporte coletivo e o presidente da casa tem a ver com isso, é empresário do setor, mas a gente não chama ali de Casa dos Horrores. Por que é que é só a Câmara?”, explicou.

A vereadora finalizou o tema defendendo que a população acompanhe melhor o trabalho dos gestores em todos as esferas e fiscalize mais, “para que tenhamos melhor qualidade dos nossos políticos”.
 
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