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19/01/2021 às 13:39 | Atualizada: 19/01/2021 às 14:03

Sem diálogo com a prefeitura, pais organizam nova carreata pela reabertura de escolas particulares

Eduarda Fernandes

Uma nova carreata será realizada na tarde desta terça-feira (19) por pais de alunos de escolas particulares de Cuiabá. Eles pedem que o município autorize o retorno das aulas no sistema híbrido, onde parte das crianças assiste aula presencialmente e outras de casa, online, fazendo um revezamento. Assim como no domingo (17), o ponto de encontro será o parque Tia Nair, às 15h. Ao final, farão uma manifestação diante da sede da prefeitura, na Praça Alencastro.

O formato híbrido, segundo os pais, também é uma chance de cada família poder escolher a forma que melhor se encaixa na rotina, tendo em vista que muitos não têm com quem deixar os filhos enquanto trabalham, além da perda de rendimento dos alunos no ensino exclusivamente à distância.

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Em entrevista ao Leiagora, a servidora pública federal Francielle Claudino Brustolin, uma das organizadoras do movimento “Escolas Abertas Cuiabá”, reforça que não há diálogo por parte da prefeitura, mesmo após insistência dos pais. “Eles não acharam agenda esta semana e mandaram aguardar a próxima, para ver se terão tempo. Eles não têm interesse em ouvir os pais, pediatras, infectologistas. Apenas decisões políticas sem embasamento científico”, critica.

Mãe de duas crianças em idade escolar, Francielle ouviu rumores de que nesta terça será publicado um decreto com as diretrizes do retorno às aulas. Questionada pelo Leiagora, a prefeitura não garante a publicação e informa que uma decisão pode ser anunciada até o fim da semana.

“Diz que sai o decreto, mas não deram oportunidade de diálogo com sugestões embasadas em dados seguros sobre o baixo grau de transmissibilidade das crianças”, pontua a servidora, que defende que os pais sejam ouvidos pelo município.

“A gente não sabe se volta a trabalhar, se contrata babá, se enfia a criança na casa de parente para trabalhar, se compra material escolar, enquanto eles não falarem se volta ou não. Estão ferrando com as nossas vidas, enquanto que os países de primeiro mundo mantêm apenas escolas abertas”, completa.
 
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