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09/02/2021 às 07:17 | Atualizada: 09/02/2021 às 07:30

‘Sem política de acesso, prejuízo nunca será recuperado’, diz presidente do Sintep

Eduarda Fernandes

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Valdeir Pereira, os prejuízos que a pandemia causou na educação no decorrer de 2020 não serão recuperados se o governador Mauro Mendes (DEM) e o secretário estadual de Educação, Alan Porto, não criarem uma política que garanta o efetivo acesso de todos os estudantes às aulas.

“Se for tratado como atualmente o secretário tem tratado a educação, não se recuperará nunca. Porque, infelizmente, não há uma política da secretaria de Estado de Educação para que os nossos estudantes retomem ao processo educacional e tenha respeitado o direito do ensino e aprendizagem, que é direito constitucional”, critica o sindicalista em entrevista ao Leiagora.

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Há algumas semanas, o secretário estadual de Educação, Alan Porto, comentou ao Leiagora que alguns especialistas já estimam que vai levar de dois a quatro anos para recuperar os impactos que 2020 causaram na educação. Neste sentido, citou uma série de investimentos do governo estadual na parte de infraestrutura e tecnológica, com intuito de proporcionar a recuperação da aprendizagem dos alunos. Confira a entrevista completa do secretário aqui.

O presidente do Sintep, contudo, reforça que a reclamação do sindicato tem sido justamente porque em todo o período de retorno das aulas no formato remoto (online), não foi criada uma política para garantir o pleno acesso dos estudantes ao ensino.

“Já vinha sendo sofrível com a redução do quadro de pessoal, a ausência de laboratórios de informática e tantas outras coisas antes mesmo da pandemia, com a redução gradativa da oferta da educação com o direito do estudante. Então não se recuperará nunca se for sempre esse o olhar do governador de Mato Grosso e do secretário Alan Porto”, avalia o sindicalista.

Mesmo com a evasão de 20% dos alunos, o que na avaliação de Alan Porto ocorreu pelo formato online das aulas, ele aposta que o aprendizado será recuperado.
 
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