Leilão de fazenda de Arcanjo, avaliada em R$ 30 milhões, vai até dia 11
Camilla Zeni
A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senad) leiloa, até o dia 11 de março, a Fazenda Rio Novo, que foi apreendida do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.
O imóvel, que tem 16,4 mil hectares e está localizado no município de Poconé (105 km de Cuiabá), foi apreendido pela 7ª Vara Federal de Mato Grosso, no âmbito da Operação Ararath. Segundo a Justiça Federal, o bem teria sido fruto de crimes como lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.
A fazenda está em leilão desde o dia 24 de fevereiro, mas, até o momento, não teve nenhum lance. As negociações são feitas exclusivamente online, sendo que os interessados poderão marcar uma inspeção no espaço. Para isso, devem agendar com, no mínimo, três dias de antecedência, por meio do e-mail cuiaba.nucleo@sbjud.com.br ou pelo telefone: (65) 4052-9434, ramais 8237/8239.
Conforme a Senad, a fazenda está avaliada em R$ 30.492.393,24, sendo que este deverá ser o lance inicial. Segundo o edital, o arremate poderá ser feito de forma parcelada, sendo que é necessário 60% do valor à vista, no prazo de três dias após o encerramento do leilão, e o saldo parcelado em cinco anos, com parcelas anuais.
Por sua vez, o pagamento de parcela à vista poderá ser feito de maneira fracionada, sendo 25% em três dias após o leilão, a título de caução, e 35% em até 15 dias, também a partir do encerramento do leilão. Os lances podem ser feitos aqui.
Conforme a leiloeira, a propriedade tem uma casa principal de 300 m² e uma segunda casa para empregados, de 160 m². Conta, ainda, com um barracão de 82 m² e diversas outras instalações, sendo que algumas estão em péssimo estado de conservação. Da área da fazenda, apenas 2,6 mil hectares tem pastagem cultivada e outros 13,7 mil hectares são de vegetação nativa, incluindo pasto.
No início do ano, o juiz Paulo César Sodré, da 7ª Vara Criminal da Justiça Federal de Mato Grosso, informou o leilão de R$ 5,1 milhões de bens de João Arcanjo. O valor teria sido arrecadado com a venda de cabeças de gado, que também foram apreendidas pela Justiça.
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