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03/04/2021 às 15:00 | Atualizada: 03/04/2021 às 17:32

Morre, aos 72 anos, o artista plástico Clóvis Irigaray

Leiagora

Faleceu neste sábado (3), aos 72 anos de idade, o artista plástico Clóvis Huguiney Irigaray, também conhecido como Clovito. De acordo com informações obtidas pelo Leiagora, ele morreu em casa, dormindo.

Pessoas ouvidas pela reportagem informaram que, em razão da idade avançada e de uma doença pulmonar, o artista já estava com a saúde debilitada. Segundo a filha do artista, Maria Irigaray, ele deverá ser sepultado em Chapada dos Guimarães (70 km de Cuiabá), onde morava. 

Irigaray é um dos grandes nomes das artes plásticas de Mato Grosso e foi homenageado diversas vezes por sua irreverência na arte moderna.

Homenagens

Após o anúncio da morte do artista, diversos colegas prestaram homenagens. Dentre eles o ex-presidente da Academia Mato-grossense de Letras, o escritor e advogado Eduardo Mahon.

"Irigaray foi a maior expressão de sua geração. Do realismo ao expressionismo, do abstrato à arte pop, Clovito fez dele mesmo um objeto artístico. Foi um enorme prazer ter convivido com ele e atuado em seu favor. Que grande perda!!!", escreveu.

Um dos primeiros a confirmar a morte de Irigaray, o artista Ivan Belém publicou: "Que triste saber que você não está mais entre nós, Clovito. Descanse em paz, meu querido!"

Ex-secretário de Cultura do estado, o deputado Allan Kardec (PDT) ressaltou: "Ícone das artes visuais no Brasil e no mundo, nosso querido Clovis Irigaray, o Clovito, nos deixou aos 72 anos de idade, enquanto dormia. Projetou nosso estado no cenário da arte contemporânea brasileira e revolucionou gerações com sua personalidade autêntica e libertária".

Clóvis Matos, o Papai Noel Pantaneiro e precursor do programa Inclusão Literária, manifestou: "Boa viagem, meu amigo Clovito. Vá em paz e, como fez aqui, transforme outros mundos e espalhe luzes coloridas e muito amor sobre nossas cabeças". E finalizou: "A arte está de luto!".

O artista


Natural de Alto Araguaia, Clóvis Irigaray comecou sua carreira em Campo Grande (MS) em 1968, mas foi em Mato Grosso, após a inauguração do Museu de Arte e Cultura Popular da UFMT, em 1975, que o artista passou a adotar seu principal elemento de protesto: os índios. 

Não à toa considerado um dos percursores da arte moderna em Mato Grosso, ao lado de artistas como Humberto Espíndola, João Sebastião e Dalva de Barros, ele já participou da Bienal de São Paulo, do Salão Nacional de Arte Moderna do Rio de Janeiro e do Panoramas das Artes de Mato Grosso, além de vários outros espaços culturais que se somam ao seu currículo primoroso. 


Em 2013 Irigaray foi nomeado embaixador das Artes pela Academia Francesa de Artes, Letras e Cultura e chegou a ser convidado para expor seu trabalho no Museu do Louvre, em Paris.

Atualizada às 15h50
 
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