11/05/2021 às 08:14 | Atualizada: 11/05/2021 às 08:24
Jayme critica falta de articulação do DEM e Fabinho diz que ainda tem tempo
Camilla Zeni
O Democratas em Mato Grosso vive um debate interno em relação à postura do presidente, Fábio Garcia, na condução das articulações para a eleição de 2022. Enquanto atuais parlamentares cobram atuação da direção, Garcia garante que está "seguindo um acordo" e afirma não ver problemas no "atraso" da sigla.
Na avaliação do senador Jayme Campos, a cobrança que parte, publicamente, dos deputados estaduais Eduardo Botelho e Dilmar Dal'Bosco tem uma razão muito clara: eles se veem sozinhos na eleição do próximo ano.
"Hoje, pelo que me consta, o partido não tem nem seis candidatos a deputado estadual. E como é que você vai eleger? Se continuar a regra que está aí, que tem que ser chapa batida, sem coligação partidária, terá muita dificuldade", comentou na manhã desta segunda-feira (10), após participar de evento do governo estadual.
Jayme destacou que a movimentação pela agremiação partidária, em sua visão, se faz necessária para que o grupo fortaleça o quadro de candidatos a deputados estadual e federal, com o objetivo de eleger o maior número de parlamentares possível. Atualmente, o DEM conta apenas com Botelho e Dilmar na Assembleia Legislativa e Jayme Campos no Senado. Além deles, tem, ainda, a principal liderança política do estado, o governador Mauro Medes.
O presidente do partido, Fábio Garcia, aposta justamente nessas lideranças para a composição de 2022 e acredita que, com eles, o partido não tem como estar enfraquecido. Por isso, minimiza as reclamações dos correligionários.
“Eu continuo vendo o Democratas como o maior e mais forte partido do Estado. Nenhum partido tem o governador, um senador da República e dois deputados estaduais. Nenhum partido. Por isso, nenhum partido vai ter um projeto tão consolidado como o Democratas em 2022”, comentou Garcia, no mesmo evento.
O ex-deputado federal também avaliou que as críticas são normais, sejam na vida pessoal ou política, e afirmou que deverá convocar os membros da sigla para discutirem um plano de trabalho para o próximo ano. Entretanto, não deu um prazo para as reuniões.
“Tem muito tempo. Temos mais de um ano e seis meses para as eleições. Acredito que é bastante tempo para formar o partido. E eu garanto pra vocês: o Democrata chegará com uma chapa forte de estadual, chapa forte federal e como uma das principais forças políticas das eleições 2022”, disse.
“Eu vou começar a conversar com os membros da executiva, ver quando que eles querem reunir pra gente poder falar sobre a forma de trabalho e como que a gente vai sair pra poder fazer essa organização do Democratas. Mas eu vou fazer isso com muita tranquilidade, sem problema nenhum”, finalizou.
A preocupação é que outros partidos já iniciaram a busca por lideranças política do estado, o que acaba dificultando para o DEM encontrar nomes fortes para a disputa. A eleição para a Assembleia Legislativa e Câmara Federal dependem do quociente eleitoral e não se é mais permitido coligação, por isso a importância de atrair nomes que tragam votos para a legenda. Outro ponto é de que para disputar uma eleição os membros precisam estar filiados até 4 de abril, portanto menos de um ano.
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