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26/05/2021 às 15:36 | Atualizada: 26/05/2021 às 15:36

Juiz manda prender empresário que torturou ex-namorada com barra de ferro por ciúmes

Eduarda Fernandes

O juiz Roger Augusto Bim Donega, da 2ª Vara Criminal de Primavera do Leste, decretou a prisão do empresário Jhonathan Galbiatti Mira, em razão da suposta prática do crime de lesão corporal, ameaça, tortura e injúria praticada contra a ex-namorada. A decisão foi proferida na segunda-feira (24), atendendo a um pedido do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT).

Em boletim de ocorrência, a vítima conta que o relacionamento de seis anos terminou em setembro de 2020 e desde então não mantiveram contato. Contudo, há algumas semanas, voltaram a se falar e neste novo contato acabaram combinando de se encontrar. No último dia 19, após um jantar na casa do empresário, ele pegou o celular da vítima e exigiu que ela lhe fornecesse a senha de desbloqueio da tela.

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À medida que ia verificando as mensagens trocadas pela jovem em redes sociais, Jhonathan a agredia fisicamente com socos e tapas. No boletim de ocorrência ela conta pouco se lembra do episódio, pois ficou tonta em decorrência das lesões sofridas. “Que a declarante teve ataque de pânico e não tinha como sair do local; que acredita que Jonathan começou a machucá-la por volta das 02 da manhã; que a sessão de tortura durou até as 06 da manhã”.

No boletim registrado pela mãe da jovem, ela acrescenta que a filha lhe contou ter apanhado uma barra de ferro e que, após levá-la ao hospital, “na tomografia foi identificada uma pequena mancha no cérebro”.

Na decisão, o juiz ressalta que as fotos juntadas no processo são a noção da extensão e gravidade da violência sofrida vítima na noite dos fatos, “QUE VIVENCIOU UMA VERDADEIRA SESSÃO DE TORTURA”, enfatiza o magistrado.

Conforme o magistrado, a vítima manteve relacionamento abusivo com Jhonathan, que apresentava “comportamento agressivo, destemperado e descontrolado”. O pedido de prisão narra que há relatos de discussões, agressões verbais e vias de fato durante o relacionamento.

“Ao que consta o autor da violência era (é) extremamente ciumento e possessivo e buscava controlar, intimidar e submeter a vítima às suas vontades. Há relatos que durante discussões, o representado quebrava objetos em razão de seu descontrole”.

Além disso, a decisão cita que há “prints” de conversas entre o pai da vítima e o empresário, onde Jhonathan disse: “eu vou acabar matando a filha de vocês”. “Diante disso, resta patente a necessidade da prisão preventiva do indiciado, pois presente os pressupostos para tanto”, disse o juiz.
 
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