Palanque aberto, traição, troca-troca de esquerda e direita, infidelidade consentida, poligamia partidária, corno ideológico e aborto de candidaturas. Não é filme de sacanagem. É a liberação presente no meio político mato-grossense.
Se a vida imita a arte ou vice e versa, os políticos de MT estão se reinventando e criaram a suruba e o swing eleitoral. Ninguém é de ninguém e todo mundo é de todo mundo. O elo comum é que comungam o mesmo desejo: o orgasmo pessoal do poder. Não importa o lado e nem a fantasia.
O que se viu nos últimos dias foram membros da direita copulando como macho dominante da esquerda. Relacionamento aberto, com o palanque compartilhado. Namoro de partidos com esquerda e direita. Abuso ideológico de vulneráveis e muitos desistindo da transa depois do assédio e com o motel liberado. Nunca se viu tanta libertinagem na busca pelo poder, símbolo fálico que erotizou a classe política mato-grossense nas últimas semanas.
O imortal Nelson Rodrigues tinha uma frase que define bem esse momento: “Nada mais cretino e cretinizante que a paixão política. É a única paixão sem grandeza, a única capaz de imbecilizar o homem.”
Traduzindo para os dias atuais, seria correto afirmar que mais imbecis são aqueles que acreditam nas palavras vazias e na futilidade egocêntrica dos carreiristas políticos.
“Maria, maricota, com a direita e com a canhota…”