Em 23 de maio de 1942 era inaugurado o Cine Teatro Cuiabá. Desde então, sediou grandes espetáculos cinematográficos, cênicos e musicais. E, ainda hoje, continua sendo um dos espaços culturais mais ativos da capital mato-grossense. E é justamente neste palco de tantas histórias que se dá início, a partir das 19h deste sábado (22), às comemorações dos seus 79 anos.
O evento se divide em dois formatos: presencial e virtual. Presencialmente,serão exibidos quatro curtas mato-grossenses que colocam em cena a região do Centro Histórico de Cuiabá em diferentes períodos. Essa programação de filmes também será compartilhada pelas redes sociais do Cine Teatro Cuiabá.
Serão exibidos "Cuiabá sob o olhar de Lázaro Papazian", de Aliana Camargo e Cristiano Costa; "Centro Histórico de Cuiabá", de Bill Reino; "P.S: Glauber, te vejo em Cuiabá", de Glória Albuês; e "Licor de Pequi", de Marithê Azevedo.
A celebração presencial também contará com a performance do pianista Arthur Scharneski, com execução de temas musicais de filmes que marcaram a história do cinema. A entrada é gratuita e realizada de acordo com asnormas de biossegurança de enfrentamento da pandemia, cumprindo especificações constantes nos decretos municipal e estadual.
A celebração presencial também será ocasião para o lançamento da campanha online “Memórias e Histórias”, que pretende estimular o público mato-grossense a compartilhar relatos e imagens sobre as antigas salas de cinema de rua do Estado, como o Cine São Luiz, Cine Tropical, Cine Bandeirante e o próprio Cine Teatro Cuiabá.
A campanha será divulgada pelas redes sociais do Cine Teatro Cuiabá e se relaciona ao projeto “Memórias de Aníbal Alencastro e das antigas salas de cinema de rua de Mato Grosso”,realizado com recursos de fomento da Lei Aldir Blanc e selecionado no Edital Conexão Mestres da Cultura Marília Beatriz de Figueiredo Leite, da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT).
CURTAS:
Cuiabá sob o olhar de Lázaro Papazian, de Aliana Camargo & Cristiano Costa (2005, 13', classificação livre)
O documentário aborda o espaço urbano de Cuiabá por meio dos registros históricos de Lázaro Papazian, fotógrafo e cinegrafista de origem armênia que, em 1926, mudou-se para cidade e, a partir de então, passou a registrar episódios da vida social e política da capital matogrossense.
Papazian foi um dos poucos a registrar vários acontecimentos da cuiabania, como a filmagem da demolição, em 1968, da Igreja Matriz Senhor Bom Jesus de Cuiabá, evento que marca a busca por modernização da cidade, seguindo os passos da recém criada capital do país. Premiado no 12º Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá (2005).
Centro Histórico de Cuiabá, de Bill Reino (2020, 13’, classificação livre)
Produzido pelo IAB-MT em parceria com diversas instituições que promoveram o Concurso Nacional de Projetos Pró Centro Histórico de Cuiabá no ano 2000, tendo a finalidade de instruir as equipes participantes do concurso sobre a história da formação do Centro Histórico de Cuiabá, o estado de preservação e a relação com o contexto urbano e social da época. O documentário tem roteiro de Antônio Copriva, com texto de narração produzido por Júlio De Lamonica Freire. A locução é de Gilberto Canavarros.
P.S: Glauber, te vejo em Cuiabá, de Glória Albuês (1986, 15’, classificação 12 anos)
Aproveitando a passagem da Mostra Tempo Glauber (promovida pelo Sesc em 1986 no Teatro da UFMT), os comediantes Liu Arruda (1957-1999) e Meire Pedroso percorrem espaços da cidade de Cuiabá e conversam com pessoas de diferentes extratos sociais e culturais sobre o grande cineasta, televisão, cinema e cultura brasileira.
Além da presença saudosa de Lúcia Rocha (mãe de Glauber), o curta faz uma crônica irreverente sobre a Cuiabá de meados da década de 1980 e a relação de seus habitantes com a cultura, em especial com a memória do cinema brasileiro.
Licor de Pequi, de Marithê Azevedo (2016, 15', classificação livre)
O filme tem poética construída a partir de três gerações de mulheres: uma senhora (Lúcia Palma) guarda a memória do lugar por meio de objetos que juntou durante a vida, mas está esquecendo as palavras; uma jovem poeta (Luana Costa) busca a palavra geradora para escrever seus poemas; já a menina (Flor Leite), em fase de alfabetização, descobre as palavras.
Uma conta histórias, a outra escreve poemas, a terceira solta pipas. As três habitam o mesmo espaço urbano, o Centro Histórico da cidade de Cuiabá, com casas abandonadas, casas habitadas e casas restauradas, todas com camadas distintas de memória. O filme foi realizado com recursos do MINC/SAV por meio de edital de curta metragem onde concorreram realizadores de todo o país.
Cine Teatro Cuiabá
A capacidade atual da sala de exibições é de 515 espectadores. O Cine Teatro Cuiabá está sob gestão da Associação Cultural Cena Onze em razão do Termo de Colaboração firmado com a Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso em maio de 2016. O espaço conta com bombonière, onde são vendidos comes e bebes: ótima pedida para quem cultiva o hábito de tomar aquele cafezinho antes da sessão de cinema começar.
Estacionamento
A partir das 19h é possível estacionar ao lado esquerdo da guia da Avenida Getúlio Vargas. Nos arredores do Cine Teatro Cuiabá também há opções de estacionamentos pagos, especialmente na Rua Barão de Melgaço, e que custam a partir de R$10,00.
Com informações da Assessoria
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