Mato Grosso será uma das sedes das Satyrianas, um dos maiores festivais artísticos do país. A edição 2022 vem com o tema “Onde o tempo não para”, inspirado na música de Cazuza (O Tempo não Para). As inscrições para grupos de arte participarem estão abertas e terminam na próxima sexta-feira (5).
Poderão se inscrever grupos ou artistas individuais (amadores, estudantis ou profissionais) que atuem nas áreas de teatro, dança, circo, performance, música, literatura, cinema e afins.
Satyrianas é um evento que integra o Calendário Oficial do Estado de São Paulo desde 2009. Teve início em 1989, quando uma jovem companhia teatral, Os Satyros, tomou a iniciativa de realizar uma saudação à primavera, recebendo em seu espaço artistas de diversos lugares do país.
Desde a sua chegada à Praça Roosevelt (SP), em 2000, o grupo realiza, no início da primavera, a maratona cultural que, durante 78 horas ininterruptas, oferece inúmeras atividades artísticas de acesso livre, com entrada gratuita ou ao valor de ingresso consciente (“pague o quanto puder”), aos moradores da cidade.
Em suas últimas edições, as Satyrianas contou, em média anual, com a participação de mais de 5 mil artistas, ofereceu 600 atrações e atingiu um público de cerca de 50 mil espectadores. E para a edição 2022 o festival terá formato híbrido, ou seja, apresentações presenciais e virtuais.
A Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel/MT) está apoiando o evento. Os polos alinhados são Cuiabá e Cáceres, que contam com a parceria da Associação Cultural Cena Onze, da MT Escola de Teatro e da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Tudo será possível através dos Satyros com a Associação dos Artistas Amigos da Praça de São Paulo (Adaap).
“Para nós do Cena Onze e da MT Escola de Teatro, é motivo de muita honra o envolvimento neste evento. Todos os anos estamos nas Satyrianas, efetivamente com espetáculos e performances. Antes da pandemia, íamos presencialmente e, ano passado, participamos on-line”, conta o diretor do Cena Onze, Flávio Ferreira.
A inspiração na música de Cazuza surgiu como forma de representar o sofrimento pelo qual os brasileiros estão passando. “A letra fala da piscina cheia de ratos, das verdades que não correspondem aos fatos, onde somos menosprezados. Expressa muito do que estamos sentindo. É uma mobilização dos artistas em um momento difícil”, explica ele.
Além de Mato Grosso, várias cidades do Brasil e de fora estarão participando. “Manifestaremos a posição da arte após dois anos de pandemia e isolamento. É um momento em que vamos retornar aos palcos e gritar as nossas verdades”, destaca o diretor.
Serviço:
Festival Satyrianas
Inscrições até sexta-feira (5) pelo sitewww.satyrianas.com.br.
Com assessoria
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