O grupo de teatro Corpos Lentos propõe uma mistura interessante: refletir sobre as propostas de Shakespeare na construção do Romeu, saboreando um café ou um chá, numa manhã de domingo. A primeira exibição será neste domingo (3), às 9h, no Centro Cultural Casa Cuiabana (região central da capital), e o ingresso custa R$ 50 (inteiro) e R$ 25 (meio). Compre pela plataforma Sympla neste link.
O espetáculo “Cartas de Romeu”, uma obra de Clodoaldo Arruda e Jean Pablo Loti, é um ritual performativo entre leitura e teatro, num ambiente atemporal, onde dois performers abrem diálogos e revelam cartas. Tudo isso acompanhado de chá, café e muito bate-papo sobre arte. O grupo convida para a plateia levar xícaras.
"Nossa proposta é que experimentemos juntos a energia do domingo de manhã. O café e o chá são símbolosde confraternização, encontros, rodas de conversas, fruição de pensamentos, trocas de energias, e estimulantes para o estar acordado (sentindo, vivo). Tal qual o teatro, a cena, as artes. Te convidamos a um encontro no domingo de manhã, a um rito de uma cidade com um fluxo lento, de pensamentos lentos, conexões lentas, relações lentas; Traga a sua xícara", convida o material de divulgação do espetáculo.
A montagem convida a plateia para refletir sobre questionamentos como: Qual o homem que existe na contemporaneidade? Homem não chora? Homem não se senta assim? Homem não fala gesticulando com as mãos? Homem não tem medos? Como o homem constrói seus sentimentos?
Segundo avalia a proposta, homens são corpos em construção, em diálogos. "Logo, o sentir parte da denominação do que sente e não de como pode sentir... Romeu ama Julieta na visão de William Shakespeare, mas Romeu também amou outras Julietas e outros Romeus na visão do próprio Romeu", considera o grupo.
Sinopse
Quem foi Romeu? Onde está Romeu? Quem pode ser Romeu? Em um ritual performativo, dois performers abrem diálogos sobre quem pode ser o que, Romeu ou Romeus, e revelam cartas de pessoas que sentem... “Meu inimigo é apenas o teu nome. Continuarias sendo o que és, se acaso Montecchio tu não fosses. Que é Montecchio? Não será mão, nem pé, nem braço ou rosto, nem parte alguma que pertença ao corpo. Sê outro nome. Que há num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume”, registra Shakespeare, na obra escrita entre 1591 e 1595.
Ficha técnica
Encenação:Clodoaldo Arruda e Jean Pablo Loti
Atuantes em cena:Clodoaldo Arruda e Jean Pablo Loti
Dramaturgia textual:Criação coletiva em processo de experimentação junto com as palavras de Willian Shakespeare, Clodoaldo Arruda e Elder Antunes
Figurino e customizaçõescenográficas:Clodoaldo Arruda
Sonoridade:Mixagem coletiva
Luz:Pesquisa coletiva
Fotografia de divulgação:Leila Sayuri Matsuoka
Arte de divulgação:Jean Pablo Loti e Clodoaldo Arruda
Assistênciaao espetáculo:Watila Fernando
Com assessoria
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