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06/08/2021 às 10:41

Prefeitura do Rio planeja réveillon com 13 palcos pela cidade

Município divulgou os cadernos de encargos para a festa, uma espécie de orientação para empresas interessadas em patrociná-la

Por G1

Prefeitura do Rio planeja réveillon com 13 palcos pela cidade

Foto: Reprodução/TV Globo

A Prefeitura do Rio planeja espalhar 13 palcos pela cidade no próximo réveillon, três deles em Copacabana. O município divulgou nesta sexta-feira (6) os cadernos de encargos para a festa. Os documentos servem de guia para empresas interessadas em patrocinar a virada para 2022, em troca de expor sua marca.

A divulgação dos cadernos pela Riotur não necessariamente garante os festejos em 31 de dezembro. “As comemorações do réveillon estão condicionadas ao cenário epidemiológico da pandemia na capital”, pontuou a prefeitura. Os documentos da Riotur não definem esses critérios.

Até esta sexta-feira, a capital tinha imunizado 80% dos cariocas adultos com uma dose ou a dose única, mas os estoques de vacinas estavam baixos e dariam apenas para esta semana. Em paralelo, o prefeito Eduardo Paes (PSD) prorrogou até o dia 23 a proibição de boates, pistas de dança e eventos com aglomeração.

Na última virada, justamente por causa do coronavírus, não houve queima de fogos na orla, e poucas pessoas saíram de casa.

Dois bairros ganham festa
Além dos tradicionais três palcos em Copacabana e das balsas com os fogos de artifício, a prefeitura quer fazer eventos em:

Boulevard Olímpico, ponto inédito em réveillons;
Praça Guilherme da Silveira, em Bangu, também inédito;
IAPI da Penha;
Praça Paulo da Portela, no Parque Madureira;
Praia do Flamengo;
Praia da Moreninha, em Paquetá;
Praia da Bica, na Ilha do Governador;
Praia da Capela, em Guaratiba;
Praia de Sepetiba;
Piscinão de Ramos.
Outra novidade para a chegada de 2022, segundo o projeto da prefeitura, é o retorno da queima de fogos à Igreja da Penha.

Os parceiros escolhidos ficam responsáveis pela criação, desenvolvimento do projeto, planejamento, execução e prestação de contas. Em contrapartida, terão permissão de uso da marca na realização do réveillon.

De acordo com a Riotur, duas licitações ainda serão abertas para a contratação das empresas responsáveis pelas balsas e pela queima de fogos.

'Maior réveillon da história', diz Paes
O prefeito disse na semana passada que o réveillon 2021-2022 será o "maior da história da cidade" e que o carnaval ano que vem, se tudo caminhar como o previsto, será realizado.

"Nós estamos programando diante dos dados – aí, desculpe, são os epidemiologistas que podem nos dizer – que a gente vai ter, sim, réveillon e carnaval."

O que dizem especialistas
Especialistas viram com cautela as medidas propostas e dizem que o comitê científico não foi consultado. A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que só alguns membros foram ouvidos.

Para Roberto Medronho, infectologista e epidemiologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), liberar estádios para 100% a partir de outubro é "muito complicado".

"O plano proposto pela prefeitura eu considero no mínimo uma temeridade. Nós temos agora a variante delta no nosso país, e espalhando inclusive no Rio de Janeiro. Nós temos uma boa cobertura vacinal no município, mas não temos certeza de que a efetividade da vacina seja a mesma do que das cepas anteriores do vírus. Então, a briga, agora, nós podemos ter problemas de aumento da transmissibilidade da doença", diz o infectologista.

A pneumologista Margareth Dalcomo, da Fiocruz, diz que entende a intenção da prefeitura, mas vê com preocupação as medidas:

"A intenção da prefeitura é a melhor possível no sentido de trazer um pouco de alegria no momento em que passou um ano e meio de muito luta, perda, tristeza, um impacto sobre toda a população, entendo que do ponto de vista de agregar, de fazer algo coletivo agradável sem duvida nenhuma. Alerto que isso tudo tem um risco, um risco que é razoavelmente calculado e um risco que é fora de controle, sem duvida nenhuma."

"O vírus permanecerá endêmico entre nós por muito tempo, de modo que eu manteria cuidados. Alertaria a opinião pública para que tivesse muito cuidado com aglomerações, cuidado com lavagem, cuidados pessoais e coletivos ainda por todo o ano de 2021, seguramente", disse Dalcomo.

A especialista lembrou que a variante delta da Covid já está circulando mas, embora tenha melhorado o ritmo de vacinação, a dinâmica de imunização ainda está longe de uma situação de cobertura (vacinal), que ela afirma ser de 80% da população vacinada.

"Seria aquele [percentual] que eu, particularmente, consideraria confortável para que procedêssemos a algumas aberturas", opinou Dalcomo.

A pneumologista reforçou a recomendação de uso de máscara. Segundo ela, o uso do item é fundamental sobretudo em ambientes fechados, e não só em estabelecimentos de saúde – como hospitais, UPAs etc.

"Olha o que aconteceu com países que liberaram... Já voltaram atrás por força da transmissão de cepas muito contagiantes, como nós sabemos. (...) Eu não liberaria de modo algum o uso de máscara em qualquer ambiente, a não ser em ambiente ao ar livre", alertou Dalcomo.
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