Aprovados no concurso público de 2017 para a Educação, que ainda aguardam chamamento, fizeram um protesto em frente à Assembleia Legislativa nessa segunda-feira (13). Eles esperam a iniciativa por parte do governador Mauro Mendes (DEM) antes que o prazo do certame vença, em janeiro de 2022.
Dentre os manifestantes estavam professores, vigilantes, técnicos e apoio. A expectativa é de que os pelo menos 148, dos 900 que aguardam ser chamados, tivessem a nomeação publicada na semana passada, o que não ocorreu. Os nomes já estariam com a Secretaria de Planejamento e Gestão para a efetivação dos classificados no concurso.
“Os professores passaram por quatro etapas, contou com 253 mil candidatos, foi um dos mais concorridos do Estado, existem vagas livres e o governador vem ano após ano fazendo contratação temporária. Ele dá sinais que vai fazer o chamamento, mas só vem atrasando. Um chamamento que só vem sendo reduzido, foi anunciado 155, já caiu para 148”, reclamou Amilton, que atua como vigilante contratado em uma escola no Tijucal, na capital.
Os manifestantes lembram que a Constituição Federal prevê que o ingresso no serviço público só pode ser feito por meio de concurso, mas o Estado vem mantendo os profissionais da educação como contratados. “É apenas um cabide de emprego”, afirma Amilton.
Outra reclamação é a não aplicação do curso pró-funcionário que seria obrigatório, que funciona como uma qualificação para o servidor público. Porém, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) alega que essa responsabilidade é do governo Federal, e em Mato Grosso, seria de competência do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), sendo a pasta apenas parceira.
A professora Ana Tereza, que faz parte da comissão dos classificados no cadastro de reserva, conta estar com vínculo no Estado como contratada e na escola onde atua, tem pelo menos 20 vagas, mas ainda assim o Estado não realiza a convocação.
“O governador não respeita nossos direitos, protocolamos o documento, só que a gente não é atendida, queremos conclamar a população em geral para que olhe para o professor, principalmente o pedagogo, que trabalha com a alfabetização. A gente não é respeitado, não é valorizado. Só queremos nosso direito, participamos de um concurso, com quatro etapas e precisa ser efetivado. Só faltam três meses para vencer a prorrogação do concurso”, afirmou.
Outro lado
A reportagem solicitou à Seduc, nessa segunda, um posicionamento sobre a reivindicação dos aprovados no concurso. Contudo, até a publicação desta matéria não houve retorno.
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