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26/09/2021 às 13:56

Após acidente, mulher se torna fisioterapeuta, modelo e atua na recuperação de amputados

Jéssica é ex-aluna do curso de fisioterapia da Unic e diz que escolheu a graduação com o intuito de apoiar pessoas que passam pela mesma situação

Leiagora

Após acidente, mulher se torna fisioterapeuta, modelo e atua na recuperação de amputados

Foto: Assessoria

Algumas mudanças na vida são inesperadas e às vezes elas acontecem em frações de segundos. Jéssica Araújo Reolon (26) viveu esta experiência quando tinha apenas 12 anos. Em 2009, sofreu um acidente de carro com a família, perdeu o pai e precisou ter a perna amputada para sobreviver.  Anos depois, se formou em Fisioterapia e hoje usa o trabalho para recuperar amputados.
 
Jéssica conta que sempre teve interesse na área da saúde, mas optou pelo curso de Fisioterapia na Universidade de Cuiabá (Unic), porque queria fazer a diferença e apoiar pessoas que passaram por situação semelhante à dela. “Ter a perna amputada certamente me fez tomar essa decisão, pois acredito que o paciente precisa perceber que a vida pode continuar de forma plena e saudável. Meu intuito era ajudar as outras pessoas a perceberem isso”, comenta.
 
Ela completa ainda que a vontade de fazer a diferença já era presente durante a graduação, quando começou a ministrar palestras na própria universidade. “A partir do 5° semestre na Unic, comecei a ser convidada a dar palestras na faculdade, para os alunos dos semestres anteriores. Sempre fui incentivada pelos professores da área e fui tendo mais confiança no meu potencial”, explica.
 
Depois de formada, em 2019, Jéssica expandiu ainda mais os horizontes e seguiu para São Paulo, para atuar na clínica onde fez o seu processo de reabilitação. Hoje, é especialista em Reabilitação de Amputados (Ortopedia Técnica).
 
Representatividade importa
 
Além de fisioterapeuta, Jéssica atua como modelo desde 2015. Mesmo não sendo sua principal profissão, conta que sempre participa de campanhas. Ela nunca pensou em ser modelo, mas acabou gostando da atuação, por perceber o impacto que a representatividade pode causar. “Faço esses trabalhos porque eu sei do poder da representatividade. Existem muitas mulheres e meninas que perderam a perna e sonham com isso. Quando elas veem outra pessoa atuando, se inspiram e começam a acreditar na possibilidade”, diz.
 
Comenta ainda que passou a receber diversos depoimentos de pessoas que se sentiram representadas. “Já recebi vários relatos de mulheres que passaram a usar roupas curtas e a mostrar a prótese porque viram minhas fotos, e também de pessoas que começaram a cursar fisioterapia”, fala. Jéssica explica que não imaginava o poder disso até vivenciar de fato. “O impacto é muito forte e positivo, não imaginava a dimensão até estar inserida e espero contribuir cada vez mais”, finaliza.

 
Da assessoria
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