O esquema de fraude nas licitações para aquisição de equipamentos de proteção teria causado um rombo na Saúde de Cuiabá de R$ 1.998.983,37. A justiça determinou o bloqueio de valores nas contas dos investigados, sequestro de bens, além da proibição de que pessoas e empresas participem de licitações e contratem com o poder público.
A investigação apontou ainda que a empresa investigada no esquema realizou pagamentos mensais a um servidor público da área da saúde do município, sem nenhum motivo idôneo aparente. A investigação possui como objeto seis processos de compra, todos da mesma empresa, os quais foram analisados pelos órgãos de controle – CGU e DENASUS –, além da apreciação realizada pela equipe policial.
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De acordo com as informações repassadas pela Polícia Federal, foram constatadas diversas irregularidades, como inobservância das formalidades pertinentes à dispensa de licitação, direcionamento do procedimento à contratação de empresa específica e elevação arbitrária de preços.
Além disso, a organização teria realizado o fracionamento das compras de maneira indevida para permitir que os produtos fossem adquiridos mediante dispensa de licitação e a não entrega de medicamentos adquiridos e pagos pelo poder público.
O esquema ainda contou com a participação de uma empresa fantasma responsável por emitir um orçamento em um dos processos de compra, aparentemente para dar aparência de legalidade ao procedimento. A empresa de fachada recebeu o valor de R$ 1.071.388,00 da principal investigada.