O advogado Francisco Faiad, responsável pela defesa do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), minimizou a denúncia do Ministério Público Estadual que culminou no afastamento do emedebista do cargo. Para o jurista, a contratação de forma emergencial para atender a área da saúde é “normal” e ocorre no Governo do Estado e em todos os municípios do Estado.
O chefe do Executivo Municipal foi alvo da Operação Capistrum por suposta contratação irregular de 259 servidores no âmbito da Secretaria de Saúde no ano de 2018. Segundo o órgão ministerial, as contratações teriam se dado de forma emergencial para atender interesses políticos.
Faiad, contudo, rebate as acusações oriundas da delação premiada firmada pelo ex-secretário de Saúde Huark Douglas, e garante que as contratações foram realizadas para atender a demanda da área que havia aumentado na época por conta da inauguração de novas unidades de saúde.
“Na verdade, é necessária a contratação para atender, em regime de urgência, a saúde. Houve a abertura do Hospital Municipal, de novos postos de saúde e eram necessárias essas contratações para atender as demandas que depois ainda foram intensificadas com a pandemia ano de 2020. E é necessária a contratação, tanto é que isso acontece no Estado, e em todos os municípios do Brasil, contratações em regime de urgência para as secretarias de saúde e educação. Isso é mais normal do que qualquer outro fato político na gestão municipal”, argumentou.
Diante disso, o advogado garante que irá recorrer de toda a decisão. “Prefeito está calmo, lógico que assustado com o tamanho dessa medida judicial que foi tomada até em razão dos fatos noticiados”, completou.
De acordo com Faiad, na busca e apreensão foram confiscados os celulares do prefeito e da primeira-dama, Marcia Pinheiro, que também foi alvo da operação, um notebook e um HD externo.