A respeito das recentes polêmicas envolvendo as políticas LGBTQIA+ na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Valdir Barranco (PT) considera um absurdo o estado de Mato Grosso continuar tendo um peso tão grande para o lado conservador.
O parlamentar enxerga as diretrizes do espectro político como um atraso. “Aqui no estado o que a gente vê é muita homofobia. E o Lúdio propôs, inclusive, há poucos dias, uma proposta que era para abrir um campo nas fichas de saúde para as pessoas se identifiquem quanto ao gênero. E foi uma polêmica, votaram contra”, pontua ele.
Barranco acrescenta que aposta nas futuras gerações para mudar esse cenário discriminatório, em que todos tenham seus direitos respeitados.
“Eu acho que a população LGBTQIA+ tem se organizado, tem buscado seu espaço, tem feito os enfrentamentos. E a gente vai, aos poucos, avançar para que aqui em Mato Grosso nós não fiquemos tão atrás nas discussões”.
O deputado ainda soltou uma indireta aos políticos da direita, questionando se eles realmente acreditam no que defendem ou se só polemizam temas progressistas para manter a base conservadora, tudo em troca de voto.
Nesta semana, a AL também havia suspendido a tramitação da criação do Conselho Estadual LGBTQIA+, que é uma reivindicação antiga da comunidade, e, após a repercussão negativa, inclusive, com críticas da deputada Janaina Riva (MDB), que estava ausente na sessão, o projeto voltou a tramitar na Casa e está na comissão de Direitos Humanos, que é formada basicamente pela bancada conservadora.
Inclusive, a Comissão é presidida pelo deputado Sebastião Rezende (PSC) que foi quem pediu para suspender a tramitação da matéria na AL. Além dele, estão na comissão os deputados Faissal Calil (PV), que também ido para uma linha de direita mais radical, Thiago Silva (MDB), que apresentou projeto para impedir ideologia de gênero nas escolas. O grupo conta ainda com João Batista (Pros) e Wilson Santos (PSDB).