Médico sanitarista, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) avalia com receio o abandono do uso de máscaras antes das festas de fim de ano. Com a chegada do Natal, Ano Novo e o Carnaval, haverá uma circulação maior de pessoas e muitas pessoas viajando pelo país quase dois anos de restrições.
“Ainda está cedo. A última medida a ser flexibilizada é o uso de máscara. Com o aumento da circulação de pessoas por conta do Natal, Ano Novo, Carnaval, é essencial. Nesse período o uso de máscaras deve ser mantido junto ao processo de vacinação ampliado. Talvez em março possamos aposentar máscaras em espaços públicos”, opinou o parlamentar.
Conforme Lúdio, até o fim de novembro 70% da população de Mato Grosso deve ser imunizada com as duas doses e apesar da redução dos casos de morte por covid-19, média de três casos diários, ainda não é ideal.
“Quando passar 14 dias sem óbito dá para respirar com mais tranqüilidade, embora o vírus circule. A quantidade de casos diários esta similar a setembro do ano passado, mas as formas mais graves reduziram graças à vacinação”.
Ludio reconhece que houve cansaço natural da população com as restrições e a flexibilização também contribuiu para isso, embora a pandemia não esteja vencida, ainda há risco pequeno de novas variantes.
Também questionado sobre o fim do uso de máscaras, o deputado Wilson Santos (PSDB) comentou que é a pandemia que vai decidir qual o momento de aposentar as máscaras.
“Quem manda é o Dr. Rua, como dizia Dr Ulisses Guimarães. É a pandemia que vai decidir. Se ela recrudescer, aumenta a liberdade do povo, voltou a agravar, fechas as torneiras. Muitas pessoas continuarão a usar por questão de consciência. Espero que as autoridades continuem vigilantes”.