A Justiça de Mato Grosso manteve a prisão da viúva Ana Cláudia Flor, apontada como responsável por encomendar a morte do empresário Toni da Silva Flor, de 37 anos, assassinado em 11 agosto de 2020.
A informação foi divulgada nessa quinta-feira (4) pela assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). A defesa havia pedido pela conversão da prisão preventiva para domiciliar.
À Justiça, o advogado alegou que as filhas de Ana Cláudia estavam sofrendo sem a presença da mãe.
A empresária Ana Cláudia foi presa em agosto deste ano e negou ter encomendado a morte de Toni.
As investigações apontaram que ela negociou a morte do marido por R$ 60 mil em uma vídeo chamada. Os dois executores apontados na investigação também foram presos.
Segundo a Polícia Civil, os principais motivos do assassinato seriam a herança e a possibilidade de Ana Cláudia ter supostos amantes, assim como Toni também teria outros relacionamentos.
A investigação policial apurou que a empresa de Toni e Ana movimentava cerca de R$ 1 milhão por mês e o valor era dividido entre os sócios.
Antes de ser presa, a viúva organizou protestos e frequentava delegacia para saber sobre a investigação do ex-marido.
Toni foi casado com ela por 15 anos e deixou três filhas de 4, 8 e 9 anos. As meninas estão com a avó materna.
Morte de Toni
O crime ocorreu no dia 11 de agosto de 2020, no momento em que a vítima chegava à academia, da qual era proprietário, no bairro Santa Marta, em Cuiabá.
O suspeito estava em frente ao estabelecimento, de cabeça baixa, e perguntou pelo nome da vítima, que ao responder foi baleada.
A vítima correu para o interior da academia, sendo socorrida e encaminhada para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), com quatro ferimentos.
Toni chegou ao hospital consciente, sendo encaminhado imediatamente para cirurgia, porém, não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois.