O vereador Dilemário Alencar (Podemos) pediu a exoneração do chefe de gabinete do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), Antônio Monreal Neto, que foi preso no âmbito da Operação Cupincha em 19 do mês passado. O parlamentar afirma que, mesmo impedido de frequentar a Prefeitura de Cuiabá e os demais órgão da administração municipal, o servidor continua nomeado, recebendo salário de R$ 12 mil.
O pedido de demissão foi feito ao prefeito em exercício José Roberto Stopa (PV) por meio de ofício. No documento, o parlamentar também pede a exoneração da secretária-adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos Ivone de Souza, que também foi alvo da operação.
“Protocolei hoje um ofício ao prefeito em exercício solicitando a imediata exoneração desses servidores dos quadros da Prefeitura. Esses servidores estão sob investigação por participarem de organização criminosa que lesou o erário municipal. Foram afastados da função pública por decisão do Tribunal de Justiça, mas eles continuam recebendo salário da Prefeitura”, disse o parlamentar durante discurso na tribuna na sessão ordinária desta quinta-feira (11) da Câmara de Cuiabá.
Segundo ele, ambos servidores receberam o seu salário integral no último dia 30, mesmo o afastamento tendo sido determinado pelo desembargador Luiz Ferreira da Silva em 19 de outubro.
Para o vereador, o chefe interino do Poder Executivo pode ser responsabilizado caso não tome nenhuma providência. “No último dia 30 esses servidores receberam R$ 12.480 reais cada um. Por que continuar pagando esses cidadãos? Estou pedindo ao Stopa que ele demita esses dois cidadãos, porque vai ficar caracterizado a anuência pelos atos ilegais praticados, podendo o Stopa responder por essa situação”, argumentou Dilemário.
O parlamentar ainda lembra que o chefe de gabinete do prefeito chegou a ser preso na deflagração da Operação, vindo a ser colocado em liberdade mediante medidas cautelares, dentre elas o uso de tornozeleira eletrônica.
“Eles estão recebendo salários polpudos, isso atenda contra o princípio da moralidade. Engraçado que o Neto foi opresso e agora está com tornozeleira e está proibido de entrar na sede da Prefeitura. Como então vai ficar recebendo salário sem trabalhar?”, questionou.
Operação Capistrum
A Operação Capistrum foi deflagrada pelo Ministério Público em 19 passado e culminou no afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), e ainda na prisão de seu chefe de gabinete por obstrução de Justiça.
O emedebista é acusado de utilizar os contratos temporários da Secretria de Saúde como barganha política para angariar o apoio dos vereadores da Capital.
Além disso, teria descumprido reiteradamente diversas determinação judiciais que previa a realização de concurso público para atender as demandas da pasta. Também pesa contra ele a acusação de efetuar o pagamento do chamado prêmio saúde sem qualquer critério.