O processo seletivo publicado pela Secretaria de Estado de Saúde tem causado polêmica na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). A fim de obter mais informações acerca do certame que teve o edital publicado no início deste mês, os deputados estaduais aprovaram a convocação do secretário Gilberto Figueiredo (DEM). A aprovação se deu na sessão realizada nessa terça-feira (23).
A suspeita é de que as contratações se dariam de forma irregular através de "apadrinhados políticos". A convocação foi sugerida pela deputada Janaina Riva (MDB) em conjunto com João Batista (Pros), Lúdio Cabral (PT) e Paulo Araujo (PP).
Segundo a emedebista, há denúncias de que servidores da Secretaria de Saúde já estariam sendo demitidos para abrir espaço para acomodações políticas. Isso porque, a contratação se daria por meio de análise de currículo.
O edital prevê a contratação de mil servidores para atuar no Hospital Metropolitano em Várzea Grande e ainda no Hospital Regional de Rondonópolis.
“A Secretaria de Saúde publicou um edital de contratação de mil pessoas. É muita gente, é do tamanho da menor cidade do estado que é Araguainha. E o pior é que a contratação é por análise de currículo. É muito subjetiva, não tem uma prova, uma avaliação. Existe uma denúncia forte correndo nos corredores de que existe um apadrinhamento de servidores. Queremos transparência, são cargos administrativos, não é salário baixo, não dá pra tolerar esse tipo de coisa”, disse a emedebista.
Janaína espera que a convocação se dê ainda essa semana, antes que o prazo do edital acabe. “Prorrogaram o prazo desse edital, mas ainda assim permanece análise de currículo. Em análise de curriculum colaca-se quem quiser. E não pode funcionar assim, principalmente na secretaria de saúde”, completou.
Diante disso, a deputada defende a saída do secretário de saúde da pasta ainda esse ano, uma vez que ele figura como pré-candidato a deputado estadual. “Isso faltando um ano para as eleições e o secretário sendo candidato? Por isso estamos defendendo que o secretário saia esse ano, para não usar a máquina pública para compra de apoio. A disputa tem que ser igualitária”, finalizou.