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Notícias / Judiciário

07/12/2021 às 07:28

Juíza ouve 100 testemunhas em ação contra policiais integrantes de organização criminosa

Um forte esquema de segurança foi montado no Fórum de Cuiabá para garantir a realização das oitivas

Débora Siqueira

Juíza ouve 100 testemunhas em ação contra policiais integrantes de organização criminosa

Foto: Assessoria/TJ

A juíza da 7ª Vara Criminal, Ana Cristina Mendes, começou a ouvir as 100 testemunhas, de defesa e acusação, da ação penal da Operação Renegados. A denúncia do Ministério Público, datada de maio de 2021, se embasou em uminquérito policial que reuniu provas da existência de uma organização criminosa estruturada e com divisão de tarefas, composta por investigadores da Polícia Civil, ex-policiais civis e policiais militares da ativa e da reserva, além de terceiros não pertencentes aos quadros policiais.
 
A quadrilha praticava crime de organização criminosa, concussão, porte ilegal de arma de fogo, roubo e tráfico. Dentre os crimes cometidos, os policiais civis tomavam drogas dos traficantes e cobravam para devolver o produto a eles. Ao todo, 23 pessoas foram denunciadas.
 
Um forte esquema de segurança foi montado no Fórum de Cuiabá para garantir a realização das oitivas. Até sexta-feira (10), a juíza deve ouvir todas as testemunhas. Nessa segunda, ela ouviu sete pessoas: delegado, publicitário, auxiliar administrativa, autônoma, motorista, dentista e despachante. A identidade das testemunhas é mantida em sigilo por questão de segurança.
 
As oitivas da Operação Renegados deve ser retomadas às 9h30 desta terça (7).
 
Os denunciados estão presos no Centro de Custódia de Cuiabá, Centro de Ressocialização de Cuiabá (CCC), Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães e na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May.



Operação Renegados

Em 4 de maio, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e a Corregedoria Geral da Polícia Civil, deflagram a Operação Renegados, com a finalidade de cumprir 44 mandados, sendo que destes 22 são de mandados de prisão preventiva.
 
Quem comandava a organização criminosa era um chefe de operação da Delegacia do Coxipó, que se utilizava de técnicas de investigação com o uso de equipamentos da Polícia Judiciária Civil, para facilitar e encobrir as ações criminosas do grupo.
 
Em 26 de novembro, foi deflagrada a segunda fase da Operação Renegados. Desta vez, foram cumpridos 14 mandados de prisão preventiva, dois de prisão domiciliar, cinco de busca e apreensão em residências e nove de busca e apreensão em celas do Centro de Custódia da Capital.

 
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