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Notícias / Judiciário

08/12/2021 às 07:30

Pedido de vista adia resultado sobre soltura ou não de assassina de Isabele

A adolescente que atirou na melhor amiga está internada há 10 meses no Centro Socioeducativo Feminino, em Cuiabá

Débora Siqueira

Pedido de vista adia resultado sobre soltura ou não de assassina de Isabele

Foto: Reprodução

Com pedido de vistas do ministro Rogério Schietti, os ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça adiaram a análise do recurso da defesa da adolescente que cumpre medida socioeducativa por matar a adolescente Isabele Ramos Guimarães com um tiro no rosto em julho de 2020, no banheiro da casa no Condomínio Alphaville 2, em Cuiabá.

O relator do caso, ministro Antônio Saldanha proferiu o voto para negar o pedido da defesa e manter a adolescente internada no Centro Socioeducativo Feminino, na capital. A adolescente já está internada há 10 meses.

O ministro relator ainda argumentou no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece a internação para os atos infracionais análogo a crime de violência ou grave ameaça. “É um dispositivo objetivo da lei, está no ECA. As duas eram amigas, vizinhas, viviam no mesmo ambiente. No desenlace após o tiro, houve circunstância que preocupou o tribunal, ela foi pro outro cômodo, se maquiar e sair, tentando alterar as provas e a cena do crime”, disse Saldanha defendendo o voto.

Por sua vez, o ministro Sebastião Reis divergiu do relator e aceitou o argumento da defesa votando pelo fim da internação e que ele não via elementos para justificar a internação dela sem esgotar os recursos da defesa. Menores de 18 anos cumprem no máximo 3 anos de internação, independente do ato infracional cometido.

Após as vistas do ministro Rogério Schietti, o caso voltará a ser julgado.

Caso Isabele

Em janeiro deste ano, a adolescente de 15 anos foi condenada por ato infracional análogo a homicídio qualificado. Ela foi responsável por atirar no rosto de Isabele no banheiro de sua casa no Condomínio Alphaville, em Cuiabá. A família chegou a alegar que se tratou de um acidente: arma teria caído e disparado. Porém, a versão foi contestada pela perícia técnica, que determinou que a atiradora estava de frente à vítima e disparou a uma curta distância. 

Além da menor, os pais dela, Marcelo e Gaby Cestari também foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) por homicídio culposo, corrupção de menor, porte ilegal de arma, fraude processual e entregar arma para menor de idade.

A arma utilizada no crime era do empresário Glaucio Fernando Mesquita Correa da Costa, pai do namorado da acusada, responsável por ter levado a pistola para a residência da família Cestari. Ele teve a pena extinta após realizar um acordo com a Justiça e pagar R$ 40 mil.
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