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24/12/2021 às 16:02

Retrospectiva: Um ano após escolha por BRT, modal ainda está apenas no papel

A licitação foi lançada no início do mês e o certame dever ser concluído entre março e abril de 2022, e a população poderá andar de fato de BRT apenas em 2024

Angélica Callejas

Retrospectiva: Um ano após escolha por BRT, modal ainda está apenas no papel

Foto: Reprodução / arte Leiagora

A decisão de mudar o modal de transporte de VLT (veículo leve sobre trilhos) para BRT (bus rapid transit) foi anunciada há um ano, no entanto, ele ainda nem saiu do papel. No início de dezembro, no dia 13 dezembro, oito dias antes de completar exato 12 meses do anúncio, o governador abriu o processo licitatório para a construção do corredor de ônibus que atender a população de Cuiabá e Várzea Grande. 

Outro avanço foi o fim do impasse referente ao empréstimo realizado com a Caixa Econômica Federal (CEF) para a construção, do até então VLT. Nessa quinta-feira (23), o governo anunciou que quitou a dívida no valor de R$ 527 milhões. De agora em diante, o Estado não possui mais nenhuma dependência ou necessidade de autorização do banco para construir o BRT.

A obra tem orçamento previsto em R$ 480 milhões e terá concorrência buscando o menor preço. O governador faz questão de afirmar que 10% do recurso será do Estado. No dia 27 de janeiro, acontecerá a abertura das propostas na Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT). 
A expectativa é que o processo dure de 90 a 120 dias as obras iniciem entre abril e maio de 2022. No entanto, a previsão de conclusão será somente em 2024. 

O modal será alimentado com energia elétrica e promete três terminais e 46 estações para atender as cidades de Cuiabá e Várzea Grande, de acordo com o anteprojeto. Estima-se que 54 ônibus irão circular em 49,2 quilômetros de faixa distribuídas pela Baixada Cuiabana.

Desde o anúncio, o processo de licitação foi adiado várias vezes durante o ano, tendo como justificativa a pandemia. Para Mauro, as paralisações por conta do coronavírus, licenças-médicas e esvaziamento dos setores responsáveis trouxeram prejuízos ao andamento do projeto.

Segundo Mauro, a espera também foi uma maneira de seguir corretamente os termos. 

A mudança de modal do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) para o BRT foi comunicada em 21 de dezembro de 2020, com o argumento de que seria um investimento com mais barato, de rápida execução, com tarifa acessível e capacidade de ampliação.

O VLT era uma das obras que deveriam ter sido entregues em 2014, durante a Copa do Mundo, mas acabou se tornando um dos maiores símbolos de corrupção do país. Uma obra de R$ 1,2 bilhão, que nunca ficou pronta e agora o governo busca na justiça o ressarcimento do valor. 
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