A torcedora do Athletico Paranaense acusada de gestos preconceituosos na final da Copa do Brasil, disputada na última quarta (15), em Curitiba, foi indiciada por racismo. Registros de câmeras mostram a jovem, de 24 anos, fazendo gestos que, segundo as autoridades, eram referência a primatas. Na sexta (17/12), a mulher prestou depoimento de meia hora na Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos.
Na oitiva, ela alegou que o comportamento de torcedores motivou a atitude. De acordo com o relato, no intervalo da partida que decidiu o campeonato, disputada entre Athletico Paranaense e Atlético Mineiro – e vencida pelo clube de Minas Gerais -, torcedores do time local passaram a arremessar objetos em integrantes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Nesse momento, a torcedora teria falado que os colegas de estádio “pareciam uns primatas” além de realizar gestos de referência.
A mulher foi convidada pelo dono de um dos camarotes da Arena da Baixada, estádio do clube paranaense.
Ela, no entanto, mas não foi a única a cometer suposto caso de racismo na praça esportiva. Dois torcedores do rubro-negro sulista envolveram-se em uma discussão com representantes da torcida mineira e, enquanto brigavam, apontavam para os braços, em alusão à cor da pele, como forma de agressão à parte visitante. Até o momento, ninguém foi identificado.
Em nota publicada nas redes sociais, o Athletico disse ter tomado conhecimento dos vídeos que circulam pelas redes e se colocou à disposição das investigações, acrescentando que “racismo é inaceitável e, mais do que isso, criminoso”.
