Um galho quebrado ao meio. A frase expressa com exatidão o que ocorreu a um cãozinho de cerca de 4 anos, atropelado na noite de 27 de dezembro de 2021, na Avenida do CPA. Após sobreviver, agora ele precisa de uma cadeira de rodas e de um tutor. O animal está na clínica veterinária Agro Dog e ‘possui’ uma dívida que já chega a R$ 3 mil, só em remédios e internação.
Em dezembro passado, após mais de uma hora aguardando ajuda em meio a uivos de dor, o cachorro - batizado como Rubens - foi retirado do local com ajuda de um autônomo e de uma equipe de policiais militares.
O doguinho foi colocado no carro do rapaz e levado para uma clínica. Só na primeira noite, foram cerca de R$ 1,1 mil em despesas para o atendimento emergencial. O valor foi pago à vista pelo autônomo e uma colega.
O autônomo Antonio Costa conta que as cenas do atropelamento de Rubens e o desfecho do desespero do animal, só tiveram fim após ele se comover e também pedir ajuda a uma amiga para o resgate, que o incentivou a não deixar o animal na rua, ferido, e indefeso.
Ele conta que após sair do serviço, por volta das 21h30, ouviu um estrondo. Inicialmente, percebeu o que se passou, que tratava-se do atropelamento de um cão, mas ainda assim decidiu ir embora. No entanto, após percorre alguns metros, a consternação diante do sofrimento do indefeso animal falou mais forte.
Sem obter ajuda para o resgate do bicho por órgãos oficiais e, mediante o apoio de uma colega, retornou ao local e retirou o animal das margens da via. Rubens passou à noite em uma clínica particular.
“Confesso que estava atordoado. Como presenciar uma situação tão dolorida e ir embora? Resolvi retornar. Pedi ajuda a policiais militares que estavam na região, arrumei uma lona e coloquei o cachorro no meu carro. No dia do atropelamento, o cão, que pesava 22 quilos, gemia de dor. Eu sabia que algo de muito ruim tinha acontecido”, relata.
Horas depois, já na madrugada, o resultado do exame de raio-x que poderia apontar os danos reais ao cão, chegou, via aplicativo celular. “Ao mais leigo já era possível constatar a fratura da coluna. Quebrou ao meio. Foi realmente desesperador”, desabafou.
Na manhã seguinte, Antônio e uma colega transferiram o animal para outra clínica, contando com a boa vontade da proprietária do estabelecimento. Dessa vez, só os gastos de internação, sem medicamentos e a consulta com uma veterinária especialista em ortopedia, somaram outros R$ 800.
Hoje, trinta dias após ser atropelado e deixado para morrer esmagado no meio da avenida do CPA, alheio à questão financeira ou a quem poderá lhe ajudar ainda mais, Rubens arrasta-se para tentar se acostumar com sua nova vida de cão especial. Dócil, o animal mostra-se firme e engajado no propósito de viver.
Rubens não tem um lar em definitivo e também precisa de uma cadeira de rodas especial, com preço de aproximadamente R$ 400. Ele segue internado com ajuda da clínica veterinária instalada na rua Comandante Costa. Os proprietários do local já cuidam de 26 cães.
“Já me perguntaram o motivo pelo qual não determinei a eutanásia do animal, mas para quem o conhece, isso seria impossível. E nenhum veterinário faria isso com um animal que está bem. O Rubens tem o olhar mais amigo do mundo. Ele inspira ternura. Jamais viveria com esse sentimento. Resgatar e matar o animal? Como fazer isso? Como conviver?”, desabafou.
Para quem puder ajudar ou tiver interesse em adotar Rubens, entrar em contato com Antonio Costa, por meio do Whats, (65) 99928-9891. A chave Pix é (65) 99928-9891.
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