O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Valdeir Pereira, apresentou algumas inseguranças a respeito do novo modelo de educação pública que será implementado no 1º ao 3º ano do Ensino Médio.
O questionamento do presidente do sindicato sobre a possibilidade de aumento da desigualdade entre os alunos vem ao encontro do que outros representantes da Educação têm argumentado. Isso porque, cada unidade escolar ofertará, dentre todas as opções elencadas no itinerário do Novo Ensino Médio, o que for possível. Ou seja, algumas terão todos os itinerários disponíveis para os alunos, e outras não.
“Praticamente 80% dos municípios [de Mato Grosso] são de pequeno porte. Os estudantes serão os mais atingidos, uma vez que a implementação daquilo que se chama de percurso formativo, não terá muitas opções para que o jovem possa escolher qual se identifica mais”, critica Valdeir.
Outros dois pontos citados pelo Sintep foram à respeito da infraestrutura das escolas mato-grossenses e da disponibilidade de professores para atender a nova demanda. “Não há uma garantia de que a ampliação da jornada de 800 horas para 1000 horas terá efetivamente o atendimento no âmbito das nossas unidades escolares com os trabalhadores da educação”, finaliza o representante do Sintep.
O cronograma definido pelo Ministério da Educação estabelece que o novo ensino médio comece a ser implementado este ano, de forma progressiva, pelo primeiro ano do ensino médio. Em 2023, a implementação segue, com o 1º e 2º ano e, em 2024, o ciclo termina, com a implementação do novo modelo nos três anos do ensino médio.
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