A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira (3) as operações Sucessão e Fluxo Capital, com o objetivo de desarticular organização criminosa que atua com a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, entre outros crimes.
Policiais foram às ruas para cumprir 39 mandados de busca e apreensão e 19 mandados de prisão temporária, em seis estados, além do cumprimento de 7 mandados de busca e apreensão no Paraguai.
Em Cuiabá os agentes apreenderam dois carros de luxo e 4,8 mil em dólares em um apartamento de luxo na capital. O alvo era o síndico do prédio.
Também foram deferidos o sequestro de imóveis, bloqueio de valores em contas bancárias, a suspensão das atividades das empresas envolvidas e das licenças profissionais (CRC) dos Contadores investigados.
Após o compartilhamento de informações com a SENAD – Secretaria Nacional Antidrogas e com a Fiscalia – Ministério Público do Paraguai, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em território paraguaio.
A Operação Sucessão é um desdobramento da Operação Spectrum, que resultou na prisão de Luiz Carlos da Rocha, conhecido como "Cabeça Branca", em julho de 2017 em Sorriso.
Ele é investigado pelo forte envolvimento com grandes esquemas de tráfico de drogas no Brasil.
Na fase de hoje, foram cumpridas medidas judiciais em desfavor de familiares do traficante que o auxiliaram na lavagem do dinheiro de origem ilícita.
A Operação Fluxo Capital, por sua vez, tem por objetivo desmantelar organização criminosa responsável pela lavagem do dinheiro por meio de movimentações milionárias, com a utilização de “laranjas”, empresas de fachada e contadores.
As investigações demonstraram que o grupo não se limitava à lavagem do dinheiro do traficante investigado na Operação Spectrum.
A organização também mantinha relação com diversas outras organizações criminosas atuantes em território nacional, envolvidas em outros delitos além do tráfico de drogas.
Durante as investigações apurou-se movimentação financeira na ordem de R$ 4 bilhões pelas empresas controladas direta ou indiretamente por apenas um dos investigados.
Foram apreendidos aproximadamente R$ 12 milhões em espécie no curso das investigações. O controle da movimentação do dinheiro era feito por doleiros, donos de casas de câmbio, instalados no Paraguai.