Finalista da última edição do ‘The Voice Brasil’, Bruno Fernandez contou em entrevista ao podcast ‘Tetatet’ um pouco mais sobre sua experiência nos bastidores do programa. O artista não curtiu participar da atração e disse que não se sujeitaria a ir novamente.
“Me perguntam sempre: ‘faria novamente o The Voice?’ Não, porque é um misto de emoções muito forte. Tua mente tem vários conflitos. Pelo menos nesse The Voice eu tive muitos problemas com diversas coisas”, contou ele.
Em seguida, Bruno citou um dos problemas que dificultaram muito sua participação. “Eles dão uma ajuda de custo para você comprar roupa, mas o tamanho do bebê aqui, né”. A ajuda de custo não era suficiente, então fiz muito trem (cantar no trem) para pagar minha roupa. Você, que está ai assistindo e contribuiu com o meu chapéu, muito obrigado", completou ele.
Sem papas na língua, o cantor ainda abriu o valor pago pela Globo como ajuda de custo para a compra do figurino usado no reality musical: "235 reais era a ajuda de custo. Como vou comprar uma calça? Quanto custa uma calça para vocês que são magrinhos?", perguntou ele aos apresentadores: "150, 180 reais uma calça maneira", responderam os comandantes do podcast.
“Então você já tira por aí. Haja pano em tudo, né? E exigiam roupas assim: ‘ó, você você está num programa de televisão’. […] Se não corresse atrás, já era”, disse ele. Já sobre fazer apresentações no trem mesmo estando no ‘The Voice’, o cantor garantiu que isso não era vergonha alguma para ele.
“Cara eu sou muito pé no chão. Não fiquei pensando ‘ah, agora estou no The Voice, que se dane’. Eu pensava: ‘estou no The Voice, mas preciso sustentar minha casa, preciso comprar as roupas para o figurino’… Não vou largar o trem no meio da competição porque estou aparecendo na televisão”, contou.
Sem vaidade alguma por estar na televisão em rede nacional, Bruno Fernandez se orgulha de dizer que continuou normalmente seu trabalho no trem. “Continuei no trem e nego achava loucura. A pessoa me viu terça-feira (na TV), eu na quarta de manhã cantando no trem. Na cabeça do povo, dava um nó, porque as pessoas [se perguntavam] ‘esse cara é maluco, véi. Tá cantando na Globo e tá vindo pra cá cantar no trem’. Mas ninguém imaginava que a contribuição do trem era para comprar roupa para ir para o The Voice”.