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Notícias / Polícia

25/03/2022 às 11:30

Avô acorrenta menino de 8 anos que tem transtornos e conselho resgata criança

Conselheiros acompanham o menino há 2 anos e dizem que família não dá o suporte que ele precisa

Denise Soares

Avô acorrenta menino de 8 anos que tem transtornos e conselho resgata criança

Foto: Divulgação

Um menino de 8 anos foi resgatado nessa quinta-feira (24) depois de ter sido acorrentado pelo avô, de 64 anos, em Sinop. Segundo o Conselho Tutelar, o garoto tem transtornos psicológicos e não recebe a medicação e cuidado que precisa por parte da família.
 
Um boletim de ocorrência por maus-tratos foi registrado na Polícia Civil de Sinop, que investiga o caso. A família vive no bairro Menino Jesus. O menino mora com a mãe e estava sob os cuidados dos avós.
 
O avô alegou que acorrentou o neto por segurança já que, na versão da família, o menino fugia de casa para cometer roubos pela cidade. A família também argumenta que a criança estaria usando droga e foi ameaçada por criminosos.
 
No entanto, o Conselho Tutelar informou ao Leiagora que não há denúncias ou relatos de que o menino tenha cometido crimes ou usado droga.
 
Acompanhada pelo Conselho Tutelar há dois anos, a criança foi diagnosticada com Transtorno de Oposição e Desafio (TOD) e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Ele já passou por atendimento especializado e fazia o uso de medicamentos.
 
De acordo com o Conselho Tutelar, não é a primeira vez que o menino é acorrentado.
 
“Ele tem um quadro clínico complexo e, quando não toma a medicação, se altera e fica agressivo. A mãe é negligente, tem outros seis filhos, está grávida e o pai não é presente”, comentou um conselheiro tutelar ao Leiagora.
 
O garoto já foi encaminhado para abrigos outras três vezes. Para o Conselho Tutelar, o menino precisa de acompanhamento rígido, inclusive sobre as medicações que a família não consegue ministrar regularmente.
 
“O avô disse que deixava ele acorrentado para poder ir trabalhar. Ele ficava com a avó, mas fica claro que eles [a família] preferem se livrar da criança do que cuidar. Ele precisa somente de carinho e atenção”, comentou o conselheiro.
 
O menino foi retirado novamente da família e está em um abrigo. Agora, o Conselho Tutelar aguarda decisão judicial para encaminhar a criança para tratamento e internação em uma clínica em São Paulo.
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