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28/03/2022 às 09:00

Alunas denunciam ser vítimas de assédio sexual na Escola da Arena Pantanal

Testemunhas relatam que um dos garotos fingia tropeçar para apalpar os seios das meninas e outra vítima ouviu que o agressor queria vê-la em um filme pornográfico

Eduarda Fernandes

Alunas denunciam ser vítimas de assédio sexual na Escola da Arena Pantanal

Foto: Reprodução

Seis alunas da Escola Estadual Plena Governador José Fragelli, a Arena da Educação, em Cuiabá, denunciam ter sido vítimas de assédio sexual por parte de outros estudantes da escola. A direção da unidade não teria tomado providências em relação ao caso, que só ganhou conhecimento dos pais após o envio de comunicado da direção da escola, preocupada com a repercussão do caso, pois os estudantes estão organizando um protesto contra a situação.
 
Testemunhas relataram à reportagem que um dos adolescentes assediador fingia tropeçar para apalpar os seios das meninas de 13 a 14 anos. Quando as vítimas reagiam, ele fingia sofrer uma crise de asma. Outra vítima ouviu um dos garotos dizer para todos escutarem que gostaria de vê-la nua em filme pornográfico.
 
A escola, em comunicado aos pais, tratou os casos como abuso moral e cívico.
 
A questão do assédio, conforme informou a direção, levou ao registro de boletim de ocorrência. No entanto, à reportagem, a Polícia Civil informou não ter localizado nada relativo ao caso.

Os familiares dos assediadores das vítimas foram chamados até a escola. Contudo, a situação de violência no espaço escolar continuou.
 
“Uma professora da parte de esportes classificou como mimimi as denúncias de assédio, falou que se as mulheres querem direitos iguais deveriam se alistar no Exército”, denunciou um dos pais de alunos da escola ao Leiagora.
 
A direção da escola encaminhou mensagem aos pais demonstrando preocupação com a imagem da Escola da Arena Pantanal.
 
“Alguns alunos estão criando situações conflitosas sobre essa situação, incitando a violência no espaço escolar, pichando espaços da Escola ‘denegrindo a imagem da Escola’, descrevendo que a escola não está fazendo nada, postando situações no Instagram, denegrindo a imagem da escola, etc, inclusive, tem um grupo de Whats, prevendo um protesto na Escola”, escreve a direção na mensagem. Ou seja, alunos defendendo a vítima de assédio maculam a imagem da escola.
 
Outro ponto que chamou a atenção é que a direção da escola fala em tomar atitudes enérgicas contra os estudantes que querem protestar contra os casos de assédio sexual, mas não contra os adolescentes envolvidos no ato infracional.
 
“Como a Escola está tomando todas as medidas cabíveis, quando ao diálogo, orientação, apoio e ainda criando diversas parcerias para minimizar esses efeitos NÓS VAMOS ESTAR CONVIDANDO TODOS OS PAIS DESSES ALUNOS QUE ESTÃO CAUSANDO ESSES PROBLEMAS NA ESCOLA, e se provado que esses alunos estão denegrindo a imagem da Escola, a Escola tomará atitudes enérgicas. A Escola é contra qualquer tipo de assédio, mas, a Escola não tem o poder de polícia investigar e punir qualquer aluno”, assinou a direção, sem levar em conta que, em casos graves, os alunos podem ser expulsos.
 
Outro lado
 
A reportagem procurou a assessoria da Seduc na sexta-feira (25) sobre a apuração da situação na escola, mas até a publicação da reportagem, não houve respostas dos questionamentos.
 
O espaço segue em aberto para posicionamento.
 
Confira abaixo o comunicado que a escola enviou aos pais:




 
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1 comentário

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  • Não dá p acreditar 28/03/2022 às 00:00

    A escola redigiu um texto desse tipo? Com tantos erros de gramática, concordância e gerundismo? Tá feio hein! Como estaria preparada para resolver esses conflitos? Na minha opinião, ensinar as meninas a se dar ao respeito, tem mtas que brincam de maneira até piores, mesmo assim a escola deve sim repreender e punir os rapazes que fazem assédio.

 
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